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SAÚDE & BEM ESTAR: SITE AUXILIA NA REDUÇÃO DO CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS

Com sucesso do programa Viva sem Tabaco, Crepeia lança portal “Álcool&Saúde”


A cada cem mil mortes no Brasil, 12,2 mil estão relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas, segundo pesquisa realizada pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). 

Para auxiliar na redução desses índices, o Centro de Referência em Pesquisa, Intervenção e Avaliação em Álcool e Outras Drogas (Crepeia) em parceria com o Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) lançaram na última sexta-feira, 24, o site “Álcool & Saúde” (www.alcoolesaude.com.br). 

O portal irá oferecer acompanhamento gratuito e personalizado para auxiliar na diminuição do consumo abusivo de bebidas alcoólicas.

Após responderem algumas perguntas, os interessados em participar do programa receberão um plano para guiar suas próximas ações para deixar de beber ou reduzir o consumo. 

Criado por professores e alunos, com o auxílio de quem já passou pelo processo de redução de bebidas no dia a dia, o projeto possui parceria com professores da Universidade de Kansas (EUA).

De acordo com Leonardo Martins, pesquisador do Crepeia responsável pelo projeto, o site possui ainda ferramentas on-line que permitem de forma rápida e interativa avaliar o nível de consumo de álcool. 

“O internauta poderá conhecer consequências do consumo de álcool para a sua saúde, criar estratégias para beber menos, registrar seu consumo diário e verificar se está dentro do recomendado. O site também conta com um sistema que permite ao usuário receber lembretes sobre a sua meta de consumo semanal, dentre outras informações que podem motivá-lo a alcançar seu objetivo.”

O portal “Álcool & Saúde” é voltado para qualquer pessoa que consome álcool, não apenas por dependentes ou usuários crônicos. 

No Brasil, estimativas de 2012, por exemplo, apontam que cerca de 50% da população ingere bebidas alcoólicas. Entre homens este número chega a 62%. 

“O que chama mais atenção é que mais da metade destas pessoas que bebem, fizeram consumo de álcool de forma pesada, podendo gerar algum tipo de prejuízo para a saúde. Dificilmente as pessoas sabem qual é o nível de consumo de álcool que pode ser considerado de baixo risco. Sempre pergunto aos meus amigos ou pessoas que não são da área, e elas geralmente não respondem de forma correta. Acessando o site elas poderão descobrir,” afirma o pesquisador do Crepeia.

O portal foi produzido no mesmo formato do “Viva sem tabaco” lançado em maio deste ano e já acessado mais de dez mil vezes, contando atualmente com cerca 500 usuários ativos que estão tentando parar de fumar. 

“Ambas as intervenções foram construídas com o intuito de fornecer informações de forma simples e acessível na internet para ajudar pessoas que querem beber menos ou parar de fumar”, explica o pesquisador.

As informações e ferramentas on-line foram desenvolvidas a partir de guias clínicos reconhecidos internacionalmente, além de contarem com resultados de pesquisas anteriores, consulta a especialistas na área, assim como avaliação do público-alvo (pessoas que fumam, pararam de fumar, usuários de álcool que fazem consumo pesado de álcool e outros que já fizeram, mas conseguiram diminuir). 

O projeto iniciou-se em 2012, com revisão da literatura científica da área, participação de membros da equipe em projetos internacionais semelhantes e captação de recursos.

Apesar do foco inicial ser no público brasileiro, que tem de 18 a 65 anos e que consome álcool em alguma quantidade, o pesquisador espera que em breve o conteúdo do site seja traduzido para outras línguas, começando pelo inglês e espanhol. 

“Isso nos dá a expectativa de aumento do público-alvo. O Viva sem Tabaco, por exemplo, tem traduções para estas línguas, além do italiano, alemão e russo”, afirma Martins.

Ainda segundo o pesquisador, os resultados podem variar de pessoa para pessoa. 

“Alguns estudos apontam que apenas a avaliação do consumo etílico e o recebimento de informações adequadas já podem produzir efeitos positivos, impactando na redução. Alguns casos, principalmente aqueles que envolvem um consumo mais pesado ou até mesmo a dependência, exigem maiores cuidados e tratamento mais intensivo, feito por um profissional de saúde qualificado e pode durar mais tempo. Em média o programa atual está previsto para acompanhar de forma mais intensa os usuários por seis meses, com uma reavaliação anual pré-programada.”

Mesmo em baixas doses e entre os que não são dependentes da bebida, o álcool está associado com mais de 60 tipos de doenças, como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, diabetes e diversos tipos de câncer como esôfago, estômago e fígado, dentre outros problemas de saúde mental (como a depressão e o desenvolvimento da dependência de álcool).

Outras informações
Facebook: Álcool e Saúde

da assessoria

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