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EM BOAS MÃOS: AMOR E SUPERAÇÃO NA CONVIVÊNCIA DIÁRIA DE DUAS GERAÇÕES DISTINTAS

Conheça a história do avô e o neto que há uma década dividem suas vidas um com o outro

Seu Vicente foi o primeiro a apoiar o neto a comprar o Corcel 

A relação entre um avô e seu neto já pode reservar uma porção extra de carinho, amor e cuidado, mesmo quando o contato não é tão frequente. 

É aquele sentimento “dobrado”, adoçado e, muitas vezes, cheio de mimos. A identificação pode ser tão grande que a vontade de compartilhar mais a vida um com o outro se torna realidade em algumas famílias. 

Essa é a história do designer gráfico Felipe Bretas que, desde 2007, resolveu morar com o avô materno, Vicente Amorim. Como tudo começou? 

A “culpa” foi de um Corcel, um modelo antigo de carro. “Meu relacionamento com ele ficou mais próximo quando fui comprar meu primeiro carro, um Corcel. Ele foi o único que realmente me apoiou. Levava o carro ao mecânico e nossos assuntos começaram a render ainda mais”, conta Felipe.

Seu Vicente morava sozinho, em uma casa no bairro Alípio de Melo, em Belo Horizonte. Depois dessa aproximação, resolveram morar juntos. 

E o tempo vem provando para os dois que a decisão foi acertada. “Meu avô é o meu melhor amigo”, acrescenta o jovem. 

E seu Vicente completa: “Felipe é meu amigão, a nossa convivência é boa demais, não temos segredos, falamos de tudo”. Mas o avô de dois netos e seis netas gosta de enfatizar que, apesar de morar com Felipe, todos são tratados igualmente.

A união de casas, de vida, trouxe benefícios para os dois lados. O principal deles: a companhia um do outro. 

Enquanto Felipe é o auxílio do seu Vicente para se organizar e controlar os medicamentos de rotina, o neto encontra “socorro” para todas as horas práticas do dia a dia.

 “Se eu preciso resolver qualquer coisa e estou no trabalho, por exemplo, ele está sempre presente para solucionar as situações. Estou reformando um apartamento, onde vou morar com a minha esposa, e é ele quem fiscaliza, dá o suporte. Ele faz tudo por mim”, comenta o neto.

A rotina e convivência deles é bem parecida durante a semana: Felipe sai para trabalhar e, no fim do dia, o avô está o aguardando para um bate-papo. 

“Gosto de separar esse tempo para ouvi-lo, saber como foi o dia dele. Ele gosta muito de conversar”, acrescenta Felipe. No fim de semana, seu Vicente, que tem um quartinho reservado para suas “invenções”, suspende as atividades na parte da manhã. 

“Não gosto de fazer barulho para não o acordar. Ele já trabalha a semana toda, precisa desse descanso”, conta o patriarca.

Apesar dos 80 anos e dos cuidados que uma pessoa mais velha exige, o aposentado faz parte das estatísticas dos idosos cada vez mais saudáveis e autônomos. 

Ele tem uma Harley Davidson, modelo de motocicleta, e ainda faz algumas viagens curtas. “Hoje vou, no máximo, para Ouro Preto, mas já me aventurei indo a Buenos Aires”, revela.
por Ana Cláudia Gonçalves  -  da assessoria Sesc Minas Gerais

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