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INFLAÇÃO TEM QUEDA EM VARGINHA NO MÊS DE JUNHO

Acumulado no ano de 2022 é de 9,85%

Após seis meses consecutivos de alta, o Índice Municipal de Preços ao Consumidor (IMPC-Unis) da cidade de Varginha, apresentou queda de -1,30% em junho comparado com maio. Ao considerarmos o período desde o início da pesquisa, em julho de 2021, o indicador já acumula alta de 16,22%. Somente nos seis primeiros meses deste ano de 2022, a inflação já atinge 9,85%.

O IMPC-Unis consiste em um indicador composto por 5 grupos de gastos, sendo eles: Alimentação, Habitação, Transporte, Educação e Comunicação. Estes grupos são compostos por 11 subgrupos e 44 itens que totalizam 503 preços coletados considerando diferentes tipos, marcas e locais na cidade. O levantamento dos preços é realizado pelo Departamento de Pesquisa do Grupo Unis e pelo Grupo de Estudos Econômicos do Sul de Minas (GEESUL).

Em junho, o único grupo que apresentou alta foi habitação (0,91%) tendo como destaque de alta os itens de higiene pessoal (3,74%) e produtos de limpeza residencial (1,42%). O gás de cozinha apresentou leve queda de -0,94%.

O grupo alimentação apresentou queda de -2,21%. As maiores elevações foram no leite integral (41,53%), banana (16,66%) e manteiga (8,30%) ocasionadas pela baixa oferta destes produtos e o alto custo de produção do leite e de seus derivados. Os produtos com maiores quedas foram tomate (-41,84%), cebola (-39,19%) e batata (-32,14%) devido à intensificação da colheita.

O grupo transporte mostrou queda de -4,33% ocorrido em função da diminuição dos preços da gasolina (-12,06%) e do etanol (-11,99%) oriundos principalmente da redução do ICMS sobre os combustíveis. No entanto, cabe destacar que o diesel ainda apresentou alta de 7,39%. Os grupos educação e comunicação se mantiveram estáveis neste mês.

O resultado de Varginha no mês de junho destoou do indicador nacional (IPCA) que apresentou alta de 0,67% (abaixo do que os analistas previam). Como a coleta de preços em Varginha ocorre nas primeiras semanas de cada mês, o nosso resultado já trouxe o impacto da queda nos preços dos combustíveis, bem como a influência da aceleração da colheita dos hortifrutigranjeiros, que devem continuar com preços em declínio no mês de julho.

Apesar dessa deflação no índice, torna-se importante destacar a forte alta do leite integral e dos seus derivados que impacta diretamente os consumidores, de maneira especial aqueles de baixa renda. Além disso, os produtos de higiene pessoal e de limpeza em geral da residência continuam subindo. Cabe salientar também que essa queda no índice em junho não proporciona alívio aos consumidores, visto que a inflação acumulada somente neste ano de 2022 continua muito alta.

Analistas esperam que no segundo semestre a inflação tenha um arrefecimento, porém, a meta inflacionária neste ano não será cumprida mais uma vez. Como enfatizamos no relatório anterior, o desempenho das safras dos produtos alimentícios, as políticas econômicas, a taxa de câmbio, a dinâmica da demanda externa e a recomposição das cadeias produtivas internacionais são os fatores que determinarão a dinâmica dos preços nos próximos meses.

A pesquisa completa pode ser acessada clicando aqui.

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