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OS DESAFIOS DA CHAPA VENCEDORA DA ELEIÇÃO NA UFLA


A chapa vencedora terá o desafio de reconstruir a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e a imagem da Universidade no município de Lavras, terminar o hospital universitário, colocar de fato o parque tecnológico para funcionar, pacificar alguns setores e melhorar o clima organizacional da instituição, recuperar a eficiência da PROPLAG, implantar o PGD, recuperar a imagem da FUNDECC e voltar a trazer investimentos para a UFLA.

A obra do hospital praticamente não andou e, conforme dito pelo atual reitor na Câmara Municipal, não tem data para começar a atender a população. Até agora foram só anúncios de acordos, que tiveram pouco ou nenhum resultado prático.

O Parque Tecnológico é um capítulo à parte. Apesar da obra ter sido finalizada a muito tempo, o prédio está praticamente abandonado. Provavelmente menos de 15% do espaço físico está ocupado. O próximo reitor terá a missão de ocupar esse importante e caro investimento da UFLA.

O vencedor também precisará pacificar setores importantes da UFLA como a PROINFRA e a DGTI, além do caso mais grave, a Biblioteca. Algumas decisões e indicações da reitoria para o comando desses setores gerou graves problemas de relacionamento. Além dos setores citados, onde parece que o problema é mais grave ou está mais exposto, há praticamente um consenso que o clima organizacional na UFLA piorou bastante na atual gestão.

Será necessário rever algumas chefias das equipes da PROPLAG, que não conseguiram mostrar a mesma eficiência de gestões passadas. As reclamações variam da qualidade do café comprado, passam pelo fracasso na renovação do contrato da copiadora/xerox e atingem o ápice (infelizmente) nos salários rebaixados da mão de obra terceirizada. As justificativas do setor não conseguem convencer a comunidade universitária.

Também será necessário colocar para funcionar o Programa de Gestão de Desempenho (PGD) na UFLA. O PGD é um modelo de gestão em que o trabalho dos servidores públicos é medido pelas entregas e não pelo cumprimento de horário. Esse modelo de gestão está sendo fomentado pelo governo federal há mais de 2 anos e o Reitor tem utilizado da autonomia universitária e da criação de várias comissões para adiar a sua implantação. A UFLA segue como uma das poucas universidades que têm acumulado desculpas para não implantar esse modelo. Não nos surpreende a gestão atual ser contra um modelo de gestão focado no resultado do trabalho e no desempenho.

Outro desafio importante é recuperar a imagem da FUNDECC, que foi gravemente atacada pelo Reitor sem apresentar nenhum fato ou prova que justifique tal ato. Apesar dos relatórios apresentados no CUNI dizendo que a fundação vai muito bem, os danos na imagem da FUNDECC foram muito graves. Já há relatos de professores que não querem renovar os seus projetos com a Fundação.

Será necessário recuperar a credibilidade da UFLA no ministério da Educação para voltar a trazer investimentos para a universidade. A falta de investimentos na UFLA marcou a atual gestão. A ausência de recursos foi, segundo o reitor, a justificativa das suas ações mais impopulares, como a demissão de quase 150 terceirizados às vésperas da eleição presidencial de 2022 e o aumento do preço do Restaurante Universitário, além é claro, da UFLA não ter tido nenhuma obra relevante nos quase 4 anos da gestão.

Estamos na torcida para que a comunidade universitária escolha a melhor opção entre as 3 chapas para que a UFLA supere esses desafios.

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