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INFLAÇÃO DE FEVEREIRO ATINGE 1,28% EM VARGINHA


A inflação na cidade de Varginha, medida pelo Índice Municipal de Preços ao Consumidor (IMPC-Unis), voltou a acelerar com alta de 1,28% no mês de fevereiro em comparação com janeiro. No período de doze meses a inflação acumulada atingiu 4,04%.

O IMPC-Unis é calculado pelo Departamento de Pesquisa do Grupo Unis e pelo GEESUL, apresentando uma medida da inflação geral em Varginha. São coletados os preços de 5 grandes grupos de gastos: Alimentação, Habitação, Transporte, Educação e Comunicação, divididos em 11 subgrupos e 44 itens que totalizam 503 preços coletados.

O destaque de alta em fevereiro ficou com o grupo alimentação (4,68%). As maiores elevações foram da cebola (83,63%), alho (61,24%) e banana (32,13%), exatamente os produtos que tiveram as principais quedas no mês de janeiro. O declínio na disponibilidade interna e a necessidade de importação a valores mais altos explicam o caso da cebola; já em relação à banana o impacto vem da escassez neste período de entressafra. Já as maiores diminuições de preços ocorreram com a batata (-32,57%), óleo de soja (-13,76%) e pão francês (-8,35%), em função da intensificação da colheita, alta liquidez no mercado e queda nos preços de suas principais matérias-primas.

O grupo transporte teve uma leve alta de 0,09% devido exclusivamente à elevação dos preços médios da gasolina (0,34%).

No grupo habitação houve queda de -1,14%, destacando as diminuições ocorridas no gás de cozinha (-1,99%), itens de limpeza geral da residência (-1,40%) e dos produtos de higiene pessoal (-0,34%).

Já a comunicação teve decréscimo de -1,93%, especialmente em função da diminuição dos preços médios dos planos básicos de internet (-2,97%).

O grupo educação apresentou estabilidade após as fortes altas do mês anterior.

O resultado do IMPC de Varginha, mostrando aceleração inflacionária, converge com os dados nacionais divulgados hoje pelo IBGE que apontou alta do IPCA em 0,83%, no qual o grupo alimentação também foi um dos destaques, e com o acumulado de doze meses atingindo 4,50%.

Nossas previsões informadas no relatório anterior não se confirmaram, pois esperava-se maiores quedas em produtos alimentícios devido às intensificações de colheitas e alta nos combustíveis em razão de recomposição do ICMS, o que ainda não ocorreu. O atraso de algumas safras, os impactos do El Niño e a necessidade de importação foram fatores preponderantes para o comportamento dos preços neste mês.

Cabe destacar que o nível de difusão inflacionária, quantidade de produtos pesquisados que apresentaram alta, foi de 40%, o que mostra uma concentração maior das elevações. Para o próximo mês é previsto uma desaceleração inflacionária em Varginha e no Brasil, com a possível intensificação de safras e a manutenção de estabilidade nos preços médios dos demais grupos.

Confira a pesquisa completa clicando aqui.

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