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DINÂMICA PRODUTIVA BRASILEIRA TEVE QUEDA NO MÊS DE JUNHO


No mês de junho, o Indicador de Dinâmica Produtiva (IdP) do Brasil apresentou o maior recuo neste ano de 2025, enquanto que em Minas Gerais o resultado foi uma estabilidade. O IdP é um indicador conjuntural calculado mensalmente pelo Grupo de Pesquisas e Estudos Socioeconômicos (GESEc) do Instituto Federal do Sul de Minas (Campus Carmo de Minas), em parceria com o Departamento de Pesquisa do Grupo UNIS e o GEESUL.

No seu cálculo, o IdP considera os dados divulgados pelo IBGE, sendo eles: Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), a Pesquisa Mensal do Comércio Varejista Ampliado (PMC) e a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), todos com dois meses de defasagem.

A dinâmica produtiva brasileira teve recuo de -0,71% em junho comparada com maio. O resultado que mais chamou a atenção foi do setor de comércio e serviços, cuja queda foi de -1,09%, com os serviços crescendo 0,31% e o comércio varejista ampliado caindo -2,50%. O setor agrícola ficou estável 0,01%. Por outro lado, a indústria teve leve expansão de 0,09% após o recuo ocorrido no mês anterior (-0,55%). Ao compararmos a dinâmica produtiva de junho deste ano com o mesmo mês de 2024, verifica-se uma retração de -0,34% na série sem o ajuste sazonal. De acordo com o professor Pedro Portugal, coordenador da pesquisa, “esses resultados mostram que a economia brasileira se arrefeceu no segundo trimestre de 2025 e permite dirimir as dúvidas sobre a efetividade da política monetária contracionista do Banco Central, reforçando a percepção de que não se fazem mais necessárias novas elevações da taxa básica de juros”.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que é considerado uma prévia do PIB nacional, ficou em -0,1% no mês de junho. Ambos os indicadores, IdP e IBC-Br, confirmam a desaceleração na economia brasileira.

A economia de Minas Gerais ficou estável em junho, com leve alta de 0,05%. Foi possível verificar um padrão semelhante com o caso nacional, visto que o setor com maior queda foi o de comércio e serviços (-1,33%), destacando os serviços com recuo de -1,21% e o comércio varejista ampliado caindo -1,46%. A indústria, após dois meses com fortes quedas, se recuperou e cresceu 2,80% em junho. O setor agrícola ficou estável (0%). “Também para o estado de Minas Gerais foi possível verificar que o segundo trimestre apresentou uma desaceleração econômica, com consideráveis volatilidades no comportamento dos setores industrial e de comércio e serviços” afirmou o professor Pedro.

O coordenador da pesquisa afirma que “para o mês de julho, as perspectivas são de crescimento do indicador a nível nacional e estadual, com provável expansão do setor agrícola e de comércio e serviços. Já o setor industrial deve apresentar recuo devido às incertezas oriundas do anúncio inicial de aumento das tarifas de importação dos Estados Unidos ocorrido naquele mês”.

Confira a pesquisa completa clicando aqui.

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