A pesquisa é realizada mensalmente pelo Instituto Federal do Sul de Minas (Campus Carmo de Minas) através do GESEc (Grupo de Pesquisas e Estudos Socioeconômicos), com apoio do Departamento de Pesquisa do Unis e GEESUL. A coleta de preços dos 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos é feita na primeira semana do mês nos principais supermercados da cidade.
Na primeira semana de dezembro, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta em Varginha era de R$648,05. Este valor representa 46,15% do salário mínimo líquido (salário mínimo total menos o desconto do INSS). Dessa forma, o trabalhador que recebe um salário mínimo mensal, precisa dedicar 93 horas e 55 minutos por mês para adquirir essa cesta. Considerando a linha de corte da renda mensal per capita das pessoas pobres, que é de R$218,00, o valor da cesta está 2,97 vezes acima desse nível de renda, impactando fortemente a segurança alimentar desses cidadãos.
Entre novembro e dezembro, dos 13 produtos pesquisados, cinco tiveram alta nos preços médios: Batata (15,23%), Banana (14,18%), Farinha de trigo (4,21%), Carne bovina (1,45%), Açúcar refinado (0,80%).
A previsão realizada no último relatório, de que ocorreria uma elevação no valor da cesta básica em Varginha no início de dezembro, se concretizou. Como era esperado, alguns hortifrutigranjeiros (batata e banana) ainda não apresentaram uma intensificação da safra de verão e a carne bovina também apresentou alta, mesmo que moderada. Por outro lado, o recuo de preços em produtos importantes como tomate, arroz, café em pó e leite integral foi importante para conter a elevação do índice.
Para o curto prazo, o comportamento do valor da cesta em Varginha dependerá de alguns fatores como a intensificação das safras de verão, especialmente dos hortifrutigranjeiros, e do ritmo de chuvas em algumas regiões produtoras. Há perspectivas de continuidade na queda do valor de alguns produtos como leite e arroz. Por outro lado, nossas expectativas apontam para possíveis elevações na carne bovina, óleo de soja e farinha de trigo. Além disso, a maior demanda por parte do consumidor, que é típica do final de ano, deve impactar os preços dos alimentos. Confirmando essas projeções, o índice deve apresentar alta no início de janeiro.
Confira a pesquisa completa clicando aqui.
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