Pular para o conteúdo principal

EMPRESAS NACIONAIS PRODUZEM NA CHINA PARA VENDER NO BRASIL


A fábrica de brinquedos Estrela, há dois anos, passou a desenvolver produtos no Brasil e a fabricar na China, importar matéria-prima para montar no Brasil ou comprar brinquedos chineses já prontos. Tudo para manter a competitividade no Brasil.
Carlos Tilkian, presidente da Estrela, põe a culpa nas altas taxas tributárias brasileiras. O peso dos impostos impede a criação de novos empregos e o maior crescimento da indústria nacional.
"As empresas têm de comprar onde o preço é menor", justifica. "Os produtos são de 15% a 20% mais baratos que os nacionais, mesmo com as taxas de importação. Do faturamento total da empresa, 40% vêm da terceirização."
Tilkian cobra do governo uma reforma tributária urgente:
"Infelizmente, a tão falada reforma nunca acontece. Por isso, as empresas deixam de gerar empregos e acabam terceirizando seus produtos."
Para o presidente da Estrela, o governo deveria ter uma política industrial e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderia ajudar mais.
"Se houvesse uma política para o setor, você tornaria o custo de produção competitivo e aumentaria a produção. Além disso, o BNDES deveria ter linhas de crédito para as pequenas e médias empresas", aconselha Tilkian.
A Estrela atualmente exporta 3% do faturamento total, mas já chegou a vender para o exterior 10%. Segundo o presidente da empresa, foi uma redução drástica que começou há três anos com a desvalorização da moeda americana.
"Com as previsões pessimistas de que os EUA estão em recessão e a conseqüente desvalorização do dólar, não acredito que as exportações vão aumentar", lamenta o presidente da Estrela.
Com dois mil funcionários e duas fábricas: uma em Itapira (SP) e Três Pontas (MG), a empresa faturou R$ 70 milhões em 2006 e a expectativa para o ano de 2007 é de um crescimento de 35%.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

RECURSOS DE ACORDO FIRMADO ENTRE MP E A GERDAU IRÃO GARANTIR RESTAURAÇÃO DA ROTUNDA

Em cumprimento a Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Gerdau realizou a transferência de R$ 2.948.500,00 para a restauração da rotunda ferroviária de Ribeirão Vermelho, importante patrimônio histórico tombado pelo Estado. A iniciativa, projeto "Preservar para conhecer, conhecer para preservar - narrar, restaurar e recriar a Rotunda Ferroviária de Ribeirão Vermelho", visa à restauração da rotunda ferroviária e a promoção de atividades de engajamento comunitário e educação patrimonial em Ribeirão Vermelho. Será executada pela Associação Arquitetas Sem Fronteiras (ASF Brasil), e as obras começam em 15 de setembro, com previsão de conclusão em 14 meses. Patrimônio centenário A rotunda ferroviária é uma edificação circular de 75 metros de diâmetro, construída entre 1895 e 1897. Com materiais nobres importados da Escócia e da França, serviu como principal instalação de manutenção da Estrada Férrea Oeste de Minas, e continu...

PREFEITOS DO SUL DE MINAS ASSINAM ACORDO INÉDITO PARA CRIAÇÃO DE SISTEMA REGIONAL DE INOVAÇÃO

Encontro promovido pelo Sebrae Minas e Governo do Estado reúne seis municípios e cerca de 150 lideranças regionais para formalizar a cooperação intermunicipal e instituir comitê integrado de inovação Com o apoio do Sebrae Minas e do Governo do Estado, os prefeitos de Varginha, Lavras, Itajubá, Santa Rita do Sapucaí, Poços de Caldas e Pouso Alegre assinam, no dia 4 de setembro, em Pouso Alegre, o acordo de cooperação intermunicipal para a criação do Sistema Regional de Inovação (SRI) do Sul de Minas. Inédita no estado, a iniciativa inaugura uma agenda conjunta entre os municípios para o fomento à inovação e o fortalecimento do desenvolvimento econômico sustentável na região. O SRI é resultado de uma articulação iniciada em 2024 pelo Sebrae Minas e pelo Governo do Estado, com o propósito de integrar representantes do poder público, setor privado, instituições de Ensino Superior e sociedade civil. Além da assinatura do acordo, o encontro marcará a constituição do primeiro comitê govername...

CRESCIMENTO ORDENADO

São célebres e recorrentes exemplos de cidades que, ao experimentar ciclos duradouros de crescimento, deixaram de lado o planejamento urbano e viram parte dos avanços conquistados se converter em degradação.    Para fugir desse indesejável efeito colateral do desenvolvimento, Pouso Alegre, no Sul de Minas, se dedica à modernização das leis que regimentam o uso, a ocupação do solo e a disposição urbana em todas as suas dimensões. Não se trata de uma discussão trivial. Até o final de 2013, ao menos quatro projetos de leis foram elaborados pelo Executivo e aprovados pela Câmara de Vereadores com a missão de estabelecer as regras fundamentais sobre as quais será baseada a expansão urbana da cidade pelas próximas décadas, quando sua população pode triplicar, se aproximando de 500 mil habitantes. O conjunto de leis moderniza e complementa o Plano Diretor Municipal, estabelecendo critérios a serem observados na construção e disposição de imóveis, conforme sua localização e fi...