
Myriam se uniu ao documentarista paulistano Sérgio Roizenblit e viajou por um bom pedaço do país para estar com cada um dos 11 violeiros, sete deles mineiros, na intimidade do lar, ouvindo músicas e histórias: o pernambucano Adelmo Arcoverde, o sul-mato-grossense Almir Sater, os paulistas Passoca e Paulo Freire, e os mineiros Braz da Viola, Ivan Vilela, Pena Branca, Pereira da Viola, Roberto Corrêa, Tavinho Moura e Zé Mulato & Cassiano – Renato Andrade e Zé Coco do Riachão, também mineiros, que morreram de lá para cá, ganharam homenagem. Sexta-feira, os violeiros se apresentam no Chevrolet Hall, e a autora participará do projeto Sempre um papo, amanhã à noite, na Sala João Ceschiatti do Palácio das Artes.
“Em 1995, comprei uma roça na cidade em Lavras, no Sul de Minas, e me apaixonei pela viola. Quando fui para o campo, comecei a sentir a importância da viola. Acho que foi a ligação com a natureza. Passei a ouvir mais, ficar mais próxima da folia, do congado. Já conhecia alguns violeiros. Havia trabalhado com o Almir Sater e produzi uns concertos dele. Também conhecia Paulo Freire e o Passoca, além das duplas sertanejas antigas, como Tonico e Tinoco”, lembra Myriam Taubkin. Paulo Freire foi figura decisiva no projeto. Foi ele quem abriu as portas do universo da viola para ela, sugerindo os primeiros nomes de violeiros que procurou.
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