
A Fundação Abraham Kasinsky coordena o Parque Ambiental de Lavras, no Sul de Minas, um colégio e um orquidário, ambos em Mauá, em São Paulo, cidade que abrigou a sede da Cofap (hoje Magneti Marelli-Cofap, do Grupo Fiat), a fabricante de autopeças fundada por ele em 1953 e que se tornou a maior do ramo na América Latina. O colégio foi criado inicialmente para os filhos dos funcionários da Cofap. Hoje, tem 1.350 alunos. "Eu fiz empresas, fiz dinheiro, mas sinto que estou devendo algo que ainda não fiz", diz Kasinsky ao falar sobre a dedicação que dará à Fundação, criada em 1993.A Cofap chegou a ter 18 fábricas de autopeças, nove delas no exterior. Empregava 35 mil funcionários e faturava US$ 1 bilhão por ano. Em 1997, Kasinsky vendeu a companhia para a Magneti Marelli, da Fiat.
Na época com 80 anos, todos acreditavam que ele iria se aposentar. Dois anos depois, porém, o inquieto Kasinsky criou a Cofave, empresa que montava motocicletas em Manaus com peças trazidas da China. Já no fim dos anos 90, o empresário adotou uma estratégia hoje seguida por oito grupos que atuam no setor, como Dafra e Sundown. Pouco depois, a empresa foi batizada de Kasinski (sem o y de seu sobrenome), marca que passou a ser estampada nas motos. Na época, o mercado brasileiro crescia em média 10% ao ano. No segundo ano de operação, a Kasinski vendeu 13,5 mil motos, garantindo fatia de 2,4% num mercado com quatro fabricantes, sendo que uma delas, a Honda, detinha 88% das vendas.
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