A Prefeitura de Pouso Alegre, no Sul de Minas, começa a colocar em prática um ambicioso plano de atração de investimentos para o setor de logística. A meta é atrair R$ 1,6 bilhão até o final de 2017 para aprimorar a infraestrutura de transporte e armazenamento de produtos. O planejamento integra a estratégia do município de se tornar um polo logístico regional. A cadeia de empreendimentos que devem surgir desses investimentos envolverá um aeroporto de cargas e condomínios logísticos.
Para dar marcha a esses investimentos, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Ação Regional (SMDE) deu início a uma série de estudos que vão mapear os setores da indústria, comércio e serviços mais atuantes na cidade e aqueles que mais utilizam os serviços de transporte e armazenamento, além de fazer um raio-X do comércio exterior no município e região. O estudo denominado “Pouso Alegre: Polo Industrial e Logístico e Regional” divulgou essa semana informações preliminares, que dão mostras do potencial econômico da cidade em setores específicos.
De todos os investimentos que a Prefeitura tenta consumar no setor logístico, a construção do aeroporto de cargas é o mais estratégico. O empreendimento pode se tornar mais um atrativo para instalação de condomínios logísticos na cidade. Sua construção e operação serão outorgadas à iniciativa privada por meio de concorrência pública. Para dar início ao processo, a Prefeitura aguarda apenas a confirmação da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), que deve publicar a homologação que permitirá a construção nas próximas semanas.
Para dar marcha a esses investimentos, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Ação Regional (SMDE) deu início a uma série de estudos que vão mapear os setores da indústria, comércio e serviços mais atuantes na cidade e aqueles que mais utilizam os serviços de transporte e armazenamento, além de fazer um raio-X do comércio exterior no município e região. O estudo denominado “Pouso Alegre: Polo Industrial e Logístico e Regional” divulgou essa semana informações preliminares, que dão mostras do potencial econômico da cidade em setores específicos.
De todos os investimentos que a Prefeitura tenta consumar no setor logístico, a construção do aeroporto de cargas é o mais estratégico. O empreendimento pode se tornar mais um atrativo para instalação de condomínios logísticos na cidade. Sua construção e operação serão outorgadas à iniciativa privada por meio de concorrência pública. Para dar início ao processo, a Prefeitura aguarda apenas a confirmação da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), que deve publicar a homologação que permitirá a construção nas próximas semanas.
No último dia 5, o prefeito Agnaldo Perugini (PT) e o deputado federal Odair Cunha (PT-MG) se reuniram na SAC com o secretário-executivo do órgão, Guilherme Walder Mora Ramalho. Segundo ele, o projeto está praticamente aprovado pela SAC. Aguarda apena tramites burocráticos. O município já possui as autorizações da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão subordinado ao Ministério da Defesa e ao Comando da Aeronáutica. Estima-se que o aeroporto possa atrair até R$ 1 bilhão em investimentos.
O prefeito Agnaldo Perugini já iniciou conversas com a Fundação Getúlio Vargas, que deve assumir a condução do processo de concessão para construção e operação do aeroporto. “Trata-se de uma instituição respeitada e qualificada, com a expertise necessária para conduzir um processo tão grandioso e complexo como esse”, considera o prefeito. Na segunda-feira (10), o prefeito esteve reunido com técnicos da instituição no Rio de Janeiro. A expectativa é que o edital do certame seja lançado ainda no primeiro semestre. Assinado o contrato, provavelmente no início do segundo semestre, as obras podem começar no início de 2015 com conclusão prevista para 2017.
Investimentos
Conforme os dados da SMDE, os setores industrial e de serviços de Pouso Alegre receberam nos últimos quatro anos investimentos de R$ 1,112 bilhão. Novos empreendimentos e ampliações em andamento somam outros R$ 838 milhões. Em fase de negociação, seis novos empreendimentos podem render ao município mais R$ 1,9 bilhão nos próximos três anos. Desse montante, os esforços da Prefeitura se concentram em garantir a vinda dos R$ 1,6 bilhões destinados ao setor de logística.
O levantamento mostra que os principais investimentos já executados se concentram na indústria farmacêutica, automotiva, alimentícia e de embalagens, além de inúmeros empreendimentos que apostam na posição estratégica da cidade, a meio caminho dos três grandes centros de produção e consumo do país, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Não por acaso, pela rodovia que corta a cidade, a Fernão Dias, passa 20% da produção brasileira.
“Os resultados que alcançamos mostram que a economia do município entrou em uma nova era. Formamos polos industriais em diversos segmentos, fortalecemos o setor de serviços e, para coroar, passamos a atrair investimentos que querem aproveitar uma das vocações do município que é o armazenamento e escoamento de produção, já que a cidade está muito bem localizada”, analisa o prefeito Agnaldo Perugini.
Comércio Exterior
Os estudos da SMDE jogam luz também sobre as relações comerciais de Pouso Alegre com outros países. Ela deu um salto em 2013. De janeiro a dezembro do último ano, as importações e exportações das empresas que atuam no município somaram US$ 457,5 milhões, algo em torno de R$ 1,080 bilhão, um avanço de 36% em relação ao ano anterior. Ao lado de outras cinco cidades da região com bom nível de comércio exterior (Varginha, Poços de Caldas, Extrema, Itajubá e Santa Rita do Sapucaí), o município ajudou a movimentar US$ 3,7 bilhões, o que corresponde a mais de R$ 8,8 bilhões. Os dados que embasam o levantamento são do Ministério do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
As empresas de Pouso Alegre desenvolveram suas atividades de comércio exterior com pelo menos 30 países de cinco blocos econômicos. O saldo da balança é negativo. As importações somaram US$ 412 milhões, contra US$ 45 milhões em exportações. Mas, neste caso, o déficit não traz complicações para a economia local. Trata-se, na maior parte, de suprimentos industriais para a manufatura e industrialização de produtos fabricados pelas empresas da cidade. "Quase tudo que é importado entra como componente em nossa cadeia produtiva, o que significa que agregamos valor a esses materiais. No final, o saldo é positivo para a nossa economia", explica o secretário de Desenvolvimento Econômico, Raphael Prado.
Ilustra ainda a explicação do secretário o fato de a maior parte do que é produzido na cidade ser destinada ao mercado nacional. Apesar de o município exportar parte do que produz, como ocorre com garrafas térmicas, autopeças e produtos de higiene, as empresas que aqui se instalam direcionam sua produção para os três maiores centros consumidores do país, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. "Isso ocorre, inclusive, pela excelente localização do município, que está num raio de 300 quilômetros desses três grandes centros", analisa o prefeito Agnaldo Perugini.
Um dos objetivos da SMDE é mostrar aos empreendedores do ramo de transporte e logística o enorme potencial do município e da região para abrigar investimentos na área. "Sabemos que 20% de tudo que é produzido no país passa de alguma forma pela Fernão Dias. Nosso trabalho consiste em potencializar a capacidade que temos de armazenar e destinar produtos", esmiúça o prefeito.
Mas se o comércio exterior em Pouso Alegre ainda está sobre o domínio das importações, no futuro, o município pode se tornar um grande exportador de máquinas. A virada pode se dar com o início da produção na planta da chinesa XCMG, previsto para maio. A fabricante de máquinas pesadas para construção civil espera suprir de Pouso Alegre o mercado latino e até algumas regiões da África. "Vai representar um giro de 360º em nosso comércio exterior. Hoje, produzimos essencialmente para o país. Com o início das atividades da XCMG, vamos produzir para o mundo", comemora o prefeito Agnaldo Perugini. Pode ajudar a impulsionar os resultados da balança comercial do município o fato de a chinesa estar sendo seguida por suas fornecedoras com sede naquele país - até 26 empresas pretendem vir para o país. O movimento deve reduzir a necessidade de importar componentes para a montagem das máquinas.
com assessoria
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