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COM LEI 100 E OUTROS PROBLEMAS, ANASTASIA DEIXA GARGALO NA EDUCAÇÃO EM MINAS

Manifestação dos servidores da educação reuniu 2 mil pessoas em frente à Assembleia Legislativa
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) ficou movimentada na última quinta-feira, dia 3 de abril. Quase dois mil servidores da educação ocuparam as dependências da casa em protesto à irresponsabilidade do Governo do Estado em relação à Lei 100, que foi julgada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal e demitiu 71 mil servidores mineiros esta semana. Uma cena que deixou marcado o último dia da gestão Anastasia e denunciou o maior legado deixado pelos governos tucanos em Minas Gerais: o caos na educação mineira.

A Lei Complementar n°100 foi criada em 2007 durante a gestão do então governador Aécio Neves e permitiu a investidura de 98 mil cidadãos em cargos públicos efetivos sem que houvesse concurso público. 

O que muitos não sabem é que a Lei 100 fazia parte de uma negociação entre o Governo do Estado e o Ministério da Previdência, que, em troca da incorporação de milhares de servidores ao sistema previdenciário, cedeu à gestão Aécio Neves o certificado de regularização previdenciária (CRP). O CRP é necessário para se obter recursos da União e possibilita a tomada de empréstimos de bancos internacionais. Uma medida de Choque de Gestão temerária, eleitoreira e irresponsável, que prejudicou milhares de famílias mineiras e serviu para aumentar a dívida do Estado.

Governo enganou servidores desde o início
A promessa de estabilidade na carreira foi a principal arma da gestão tucana ao iludir os servidores da educação que caíram na armadilha da Lei 100. Uma carta enviada pelas secretárias de Estado Renata Vilhena (Planejamento e Gestão) e Ana Lúcia Almeida Gazzola (Educação), enviada em 2011 aos servidores efetivados pela Lei 100, induziu os servidores a acreditar que seus cargos estariam garantidos pela lei. Hoje, 71 mil servidores enganados pelo Governo do Estado pairam na incerteza do seu futuro, sem emprego garantido e buscam a garantia de seus direitos.

Outros problemas
Uma determinação recente da Secretaria de Estado passou a exigir a apresentação de carteira de trabalho para estudantes entre 14 e 16 anos que queiram se matricular no período noturno. O programa Reinventando o Ensino Médio também tem sido bastante criticado, principalmente por incluir um sexto horário de aulas, forçando alunos a permanecerem até mais tarde nas escolas.

O caos na educação em Minas será tema de audiência pública da Comissão de Administração Pública da ALMG hoje, terça-feira, dia 8 de abril, às 9h. A reunião foi requerida pelo deputado Rogério Correia após um episódio de desrespeito enfrentado pelos servidores da educação, numa tentativa frustrada de debate público sobre a educação. Foram convidadas para a audiência da desta semana as secretárias de Estado Renata Vilhena e Ana Lúcia Gazzola, além das entidades representativas das categorias da educação pública.



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