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BANCO DOS BRICS TERÁ CAPITAL DE US$50 BILHÕES DE DÓLARES E DEVERÁ FUNCIONAR EM 2016

Após assinatura de atos bilaterais entre Brasil e Índia, nesta quarta-feira, 16, a presidenta Dilma Rousseff  (PT)avaliou positivamente o primeiro dia de reuniões da VI Cúpula do Brics. Ela reiterou que o encontro foi proveitoso pela criação do novo banco de desenvolvimento, o New Development Bank (NDB), e o fundo de reservas, o Contingency Reserve Arrangement (CRA), pelo que ambos podem representar numa perspectiva de médio a longo prazo. O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,com-sede-na-china-e-presidencia-brasileira-banco-dos-brics-devera-funcionar-em-2016,1528444
“Acho que é extremamente relevante para esses cinco países. Muda as condições tanto de financiamento quanto cria uma rede de proteção. Queria lembrar que nós propusemos o acordo contingente de reservas, e a Índia propôs o novo banco Brics. E hoje, pouco mais de dois anos depois daquela proposta, nós conseguimos realizá-la. É um processo complexo, não é algo trivial, e acredito que isso signifique bastante para o cenário multilateral internacional”, respondeu a presidenta em entrevista no Palácio do Alvorada.
Presidenta Dilma durante cerimônia de atos com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Presidenta Dilma durante cerimônia de atos com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Dilma reforçou que a criação do banco e do fundo de reservas não representam intenção dos Brics em abrir mão da presença em outras instituições financeiras multilaterais. Em vez disso, uma das pautas discutidas na reunião desta terça-feira, 15, foi a reforma de órgãos como o Fundo Monetário Internacional (FMI), acertada no G20, segundo a presidenta. O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,com-sede-na-china-e-presidencia-brasileira-banco-dos-brics-devera-funcionar-em-2016,1528444O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,com-sede-na-china-e-presidencia-brasileira-banco-dos-brics-devera-funcionar-em-2016,1528444

“Nós não temos o menor interesse em abrir mão do Fundo Monetário. Pelo contrário, nós temos interesse em democratizá-lo, torná-lo mais representativo. O novo banco dos Brics não é contra, ele é a favor de nós. É uma postura completamente diferente, e terá sempre uma postura diferenciada em relação aos países em desenvolvimento”, comentou.

Confira a íntegra



Em resposta à pergunta sobre novo banco e fundo fazerem frente ao FMI e Banco Mundial, a presidenta afirmou que as duas instituições criadas não são contra ninguém, mas a favor dos próprios Brics. Dilma garantiu que o banco e o arranjo contingente olharão com atenção para países em desenvolvimento, com regras bastante claras e firmes a respeito da sustentabilidade econômicas das instituições.

Ainda de acordo com a presidenta Dilma, foi justo a presidência do Banco dos Brics ter ficado com a Índia, que propôs a criação da instituição; a segunda presidência será do Brasil. O banco foi fruto de um grande consenso e terá um novo imenso poder de alavancar recursos, apontou. Sobre a sede em Xangai, Dilma disse que o primeiro-ministro da China, Xi Jinping, está empenhado em definir um local o mais cedo possível.
Presidenta Dilma Rousseff  em apresentação cultural após entrevista coletiva na VI Cúpula do Brics. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.
Presidenta Dilma Rousseff, e demais presidentes dos Brics em apresentação cultural após entrevista coletiva na VI Cúpula do Brics. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.
Confira os principais trechos da entrevista:
Crescimento econômico
Dilma apontou que os Brics, apesar de uma desaceleração do crescimento, em parte devido aos efeitos da crise internacional, não perderam seu dinamismo e estão contribuindo para o crescimento mundial. A presidenta afirmou que, infelizmente, a recuperação das economias desenvolvidas tem sido modesta.

FMI
A exigência de mudanças no FMI é antiga e já foi tratada diversas vezes durante reuniões do G-20. Para Dilma, a mudança permanece na pauta. Ela considera que o novo Banco dos Brics reflete um novo mundo que pode e deve ter várias instituições multilaterais.

“É um sinal dos tempos. O tempo que nós vivemos exigem este novo arcabouço”, defendeu Dilma.
A presidenta salientou que a criação de novas instituições contribui para a estabilidade do sistema como um todo, prevenindo volatilidade cambial e garantindo desenvolvimento sustentável.
China
Dilma destaca que a distribuição igualitária das cotas do Banco previne que haja hegemonia de certos países, como ocorre no caso de outras instituições. A presidenta ressaltou que a China em nenhum momento quis se mostrar hegemônica, apesar de seu maior peso econômico. Além disso, Dilma lembrou que o Brasil e a Rússia também são grandes detentores de reservas, o que previne disputas internas. De acordo com a presidenta, o grupo está tentando aprender a história, citando o acordo de Bretton Woods.

Governança internacional
Dilma disse que a reunião dos Brics abordou a questão da governança internacional e das crises regionais. Ela pediu mais harmonia de nações em direção à paz e a necessidade de priorizar o diálogo na resolução de conflitos. Para a presidenta, os conflitos evidenciam a necessidade do Conselho de Segurança da ONU ser um órgão com mais representatividade.

Sustentabilidade
A presidenta reiterou o comprometimento dos Brics com o desenvolvimento sustentável. De acordo com Dilma, os Brics passam a ter uma política de preservação do meio ambiente, dentro dos princípios da Rio+20: crescer, incluir, conservar e proteger.

Confira a íntegra

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