O Câmpus Pouso Alegre do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) dá exemplo com sistema de reaproveitamento da água das chuvas.
A escola possui um sistema de reservatórios que coleta a água das chuvas do ginásio de esporte. São 24 mil litros de água destinados à irrigação de plantas do jardim do Câmpus.
A ideia é ampliar essa reserva de água, instalando o sistema em todos os prédios e utilizar o recurso também como reserva para incêndios nos blocos que estão sendo concluídos.
“Economizamos a água tratada que utilizamos no Câmpus, consumindo menos, e aproveitamos um recurso que estaria perdido caso não fosse utilizado”, disse o diretor do Câmpus Marcelo Bottazzini.
Segundo o diretor, esse sistema de coleta de água da chuva poderia ser implantado em qualquer construção através de um sistema de calhas no telhado, interligado a reservatórios. Para pequenas construções, essa água não poderia ser utilizada para o consumo ou higiene pessoal, pois seria necessário o tratamento para retirada de resíduos sólidos e para que o recurso fosse cloretado. Mas para a utilização na irrigação de plantas, descargas sanitárias, lavagem pisos e em casos de incêndio, não há o risco de contaminação.
“Seria muito importante que todas as edificações tivessem um sistema de coleta e armazenagem de água para esse uso, certamente nós reduziríamos o consumo e não deixaríamos as águas irem para o sistema de drenagem pública que lá na frente causariam problemas de alagamento”, explicou Bottazzini.
Marcelo citou a cidade de São Paulo como exemplo de como um sistema de captação das águas da chuva seria importante para o meio ambiente e para se evitar casos de alagamentos como os que ocorrem com frequência. De acordo com ele, a água dos telhados dos prédios poderia ser bombeada para o reservatório Cantareira, não causariam tantos transtornos e estaria sendo reutilizada. Uma questão de investimento.
“Como até hoje tivemos muita fartura de água no Brasil, nenhum Município se preocupou em fazer esse reúso, mas há casos de indústrias e shoppings que já fazem isso há muito tempo. Só falta o Poder Público tomar isso como prioridade e desenvolver um sistema desses. Do ponto de vista público, custará um bom dinheiro, mas ao longo do tempo será um grande benefício para toda a sociedade”.
com Luciene de Castro
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