Uma proposta inovadora, baseada no desenvolvimento de novos materiais a partir de celulose e de seus derivados para utilização em diversos segmentos, está sendo desenvolvida sob coordenação do professor Gustavo Henrique Denzin Tonoli, do Departamento de Ciências Florestais (DCF) da Universidade Federal de Lavras (UFLA).
Ao misturar fibras a constituintes poliméricos ou inorgânicos, procura-se obter materiais mais resistentes, duráveis e com maior absorção de impacto e mais sustentáveis.
Estes materiais têm sido utilizados no desenvolvimento de embalagens mais resistentes e telhas de fibrocimentos, por exemplo, voltadas para o agronegócio e construção civil.
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Polpa de eucalipto, fibra de juta e colmos de bambu e os respectivos materiais compósitos desenvolvidos com nanofibras extraídas deles |
Um dos materiais já desenvolvidos é um filme polimérico transparente, reforçado por nanofibras celulósicas de juta (uma planta não madeireira). Esse filme pode gerar embalagens biodegradáveis.A tecnologia, de acordo com o professor, busca alternativas para os materiais de origem não renovável (derivados de petróleo).
São utilizados materiais biodegradáveis, sustentáveis (que utilizam fibras vegetais) e que atendam a mercados específicos interessados em tecnologias ecológicas, menos impactantes, vindas de matérias-primas naturais. Além disso, geram materiais com novas características, como embalagens com propriedades bactericidas.
Essa tendência representa um nicho interessante que é pouco explorado, mas que pode ser desenvolvido pelas indústrias de embalagens, têxtil (roupas de fibras naturais), fibrocimento, construção civil e plásticos biodegradáveis. Todos esses são mercados de grande expressão.
O produto a ser gerado por meio desta pesquisa possui um apelo ambiental grande e atende a um mercado de materiais mais sustentáveis, logo, com um grande potencial de mercado.
com Amanda Castro - da assessoria
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