Para José Roberto Scolforo, o desempenho da UFLA no IGC reforça a posição de destaque da instituição, mesmo com alterações na metodologia de avaliação
A Universidade Federal de Lavras (UFLA) está no seleto grupo das 12 universidades do País que receberam o conceito máximo (nota 5) no Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado no dia 18 de dezembro pelo Ministério da Educação (MEC).
Em Minas Gerais, somente três universidades obtiveram conceito máximo: UFLA, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Federal de Viçosa (UFV). No ranking recém-divulgado, referente ao ano de 2014, a UFLA ocupa a 3ª posição no Estado e a 10ª no País.
O IGC é um indicador de qualidade e representa a avaliação anual do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC).
Seu cálculo leva em conta o Conceito Preliminar de Curso (CPC), a média dos conceitos dos programas de pós-graduação stricto sensu atribuídos pela Capes e a distribuição dos estudantes entre os diferentes níveis de ensino: graduação, mestrado e doutorado.
A classificação abrange um conjunto de 230 universidades (federais, estaduais e particulares) e institutos federais. No total, foram avaliadas 2.042 instituições de ensino superior.
Embora tenha sido registrada uma alteração nas posições tradicionalmente ocupadas pela UFLA, a diferença do IGC contínuo entre os dez primeiros colocados é de apenas décimos. Com as mudanças na metodologia de cálculo adotada pelo Inep/MEC, a UFLA registrou o IGC contínuo de 4,05 e manteve-se no grupo de instituições de excelência.
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) ocupa a primeira posição com IGC contínuo 4,38. Para o reitor, professor José Roberto Scolforo, o desempenho da UFLA no IGC reforça a posição de destaque da instituição, mesmo com alterações na metodologia de avaliação.
Nos anos anteriores, a nota obtida pelos cursos de graduação e o número de graduandos tinham impacto proporcionalmente maior do que na metodologia atual, oportunizando universidades de menor porte estar na liderança do ranking.
“Embora a nova metodologia privilegie universidades de maior porte, em especial aquelas que ofertam maior número de programas de pós-graduação bem conceituados pela Capes, o desempenho da UFLA é considerado ótimo e deve ser recebido com orgulho pela comunidade acadêmica da UFLA, já que se mantém na categoria de excelência, grupo em que estão apenas 12 universidades do País”, avalia.
Novas regras
Nessa edição, o Inep mudou a metodologia de avaliação, inserindo um novo componente na equação do IGC, que passou a considerar também a proporção de estudantes de doutorado em relação ao total de estudantes da instituição. Antes, era feita a proporção de estudantes apenas de graduação e de mestrado. Esta mudança acabou por beneficiar as universidades de grande porte, com maior número de estudantes e programas de pós-graduação.
Os critérios que mais influenciaram o IGC na nova metodologia foram as proporções de estudantes de mestrado e doutorado equivalentes em relação ao todo, ou seja, não basta a nota de mestrado e doutorado ter sido boa, mas na nova regra é fundamental que existam muitos estudantes nestes programas para dar uma maior proporção em relação ao número de estudantes total.
Dessa maneira, uma pós-graduação com muitos cursos, muitos alunos e bem avaliada, como é o caso das grandes universidades em número de alunos e cursos de graduação e de Pós, possibilitaram a elas uma melhor colocação no ranking do IGC.
No caso UFLA, o resultado é muito bem recebido e natural, pois a graduação está em franca expansão e até que os jovens docentes contratados para os novos cursos se insiram de forma definitiva na pós-graduação é necessário um período de tempo para sua completa integração com a Instituição.
Outro ponto que deve ser destacado nessa edição é que a UFLA teve 21 cursos avaliados no triênio 2012, 2013 e 2014, incluindo vários cursos novos. No ano anterior, foram 13 cursos avaliados relativos ao triênio 2011, 2012 e 2013.
Vale considerar que parte do IGC é composto pelo Conceito Preliminar de Curso (CPC), que avalia o desempenho do curso, mas não é considerada apenas a nota no Enade, mas também a diferença de Desempenho (IDD), que é uma estimativa estatística que leva em consideração a nota do Enade, a nota do Enem e outros fatores.
No caso da UFLA, as licenciaturas apresentaram ótimo desempenho, todas com conceito 4 no Enade e no CPC, além de vários bacharelados avaliados.
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