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ESTADO REORGANIZA ENSINO MÉDIO NOTURNO E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM MINAS

Resoluções determinam a criação de sistema interdisciplinar e modificam o quadro de horários


O ano letivo de 2016 se inicia com significativas mudanças no Ensino Médio noturno, na Educação de Jovens Adultos (EJA) e do Sistema Prisional, definidas pelas Resoluções 2842 e 2843/16.

Uma das mudanças se refere ao horário de entrada do ensino regular à noite e da EJA, que pode passar de 18h15 para as 19 horas. A saída também poderá mudar, de 22h30 para 22h14. 

A decisão de horário fica a cargo de cada escola. A mudança de horário de entrada no turno da noite foi pensada para evitar atrasos, para a primeira aula, por parte dos alunos que trabalham ou fazem estágios e se matricularam no Ensino Médio e na EJA. 

Isso contempla inclusive aqueles que estão retornando às salas de aula, atendendo ao chamado da campanha Virada Educação Minas Gerais (VEM), direcionada aos estudantes de 15 a 17 anos que, por algum motivo, abandonaram os estudos.

O Ensino Médio noturno terá 200 horas de aulas não presenciais (monitoradas) que serão reservadas para o trabalho de conteúdos interdisciplinares, que possam ser desenvolvidos além dos muros da escola. Um novo conteúdo pedagógico foi inserido na grade curricular desses três segmentos. 

Com a denominação “Diversidade, Inclusão e Mundo do Trabalho (DIM)”, a nova disciplina vai interagir com as quatro áreas de conhecimento: Matemática, Linguagens e Códigos e Ciências da Natureza e Humanas. Esse novo conteúdo será ministrado pelos próprios professores das quatro áreas.

Com a nova estrutura de quatro horários por dia, um horário semanal será reservado à nova disciplina, a ser ministrada por três professores ao mesmo tempo. 

Eles terão, num primeiro momento, a função de mobilizadores para a escolha de um projeto que interaja com todas as demais disciplinas. 

“Esse projeto pode ser para todas as turmas do curso noturno, por exemplo, ou um projeto por sala de aula, ou mesmo por ano escolar. São múltiplas possibilidades”, explica o diretor de Ensino Médio Wladimir Tadeu Coelho. 

“O material e o conteúdo de cada projeto é de escolha coletiva. Se o assunto for, por exemplo, água, ele será abordado pelos campos da Física, relativas a mecanismos de captação e distribuição; da Biologia, abordando tratamento e preservação; do Português, com redação e revisão de textos e conteúdos de projetos; e da Matemática, tratando quantificação, consumo etc.”

Essas mudanças contemplam uma exigência da Constituição Federal de 1988, que determina atenção às especificidades do aluno que estuda à noite. O perfil de quem escolhe o turno noturno é, em grande parte, de alunos que trabalham ou estão em busca de trabalho ou emprego. Têm responsabilidades diferenciadas, muitos são pais ou mães. 

Os alunos das escolas do sistema prisional terão o mesmo conteúdo e grade curricular das escolas do ensino regulamentar. Isso permitirá que o detento, mesmo que receba a progressão de regime, do fechado para liberdade provisória, possa continuar os estudos em qualquer unidade educacional de Ensino Médio regular no Estado.






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