Hoje, sexta-feira, 8, foi concluída a remoção do jardim suspenso a Santa Casa de Misericórdia de Andradas, no Sul de Minas, eliminando um processo grave de infiltração no prédio da instituição filantrópica.
Pela singeleza, a empreitada não merece nem sequer registro. Mas, para a direção da Santa Casa, tornou-se motivo de comemoração, porque o trabalho dos três detentos inaugurou uma parceria com a direção do Presídio de Andradas para assegurar de forma contínua mão de obra para manutenção e reformas do hospital.
A Santa Casa de Andradas atende pelo SUS e opera com pronto atendimento, centro cirúrgico e unidade de terapia intensiva, chegando a receber 7 mil pacientes por mês.
A diretora técnica do Pronto Atendimento, Leila Silva, diz que o primeiro trabalho dos presos teve importância crucial num momento em que a instituição operava com restrições orçamentárias.
“Não tínhamos verba para pagar a retirada da terra do jardim suspenso. Nunca imaginei que a solução viria do sistema prisional”, explica Leila.
Paulo Cesar Carvalho, de 43 anos, é um dos presos recrutados para trabalhar no prédio da Santa Casa. Ele promete ajudar de forma ainda mais efetiva a instituição, uma vez que tem longa experiência como pedreiro.
“Esse trabalho beneficiará inúmeras pessoas, inclusive a minha família, que utiliza os serviços da Santa Casa”, conta Paulo Cesar. Os três detentos trabalham em troca de remição de pena, com desconto de um dia a cumprir a cada três trabalhados.
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