Na tarde desta terça-feira, 12, representantes da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e do Escritório de Representação em Minas Gerais do Ministério de Relações Exteriores (Ereminas) visitaram o campus da UFLA para conhecer sua estrutura e seus projetos focados em inovação e tecnologia, como o Parque Tecnológico e Científico de Lavras (Lavrastec, omaior investimento da história da instituição.
Em sua apresentação sobre a universidade, a vice-reitora Édila Vilela de Rezende Von Pinho ressaltou seu perfil visionário desde a fundação.
“A UFLA é uma instituição que se desenvolveu a partir de uma visão diferenciada, voltada para o investimento em pesquisa, e que tem investido fortemente em projetos e ações de incentivo à inovação. Com o Lavrastec e por meio da parceria com empresas privadas, queremos fazer de Lavras um centro de referência nacional para produção e transferência de inovação e tecnologia”, destacou.
O superintendente de Assuntos Estratégicos e Internacionais da Fiemg, Marcos Mandacaru, parabenizou a estrutura e os projetos desenvolvidos pela UFLA, demonstrando a disposição da federação em contribuir com a atração de empresas para o parque tecnológico.
“O que vemos aqui é um propósito transformador e engajado. Com esse profissionalismo e estrutura, o Lavrastec é capaz de conquistar uma visibilidade internacional e atrair centros globais de pesquisa, inovação e desenvolvimento. Colocamos a metodologia e o trabalho da Fiemg à disposição para colaborar na atração das empresas, visando também a geração de um fluxo de talentos, que conquiste e mantenha mentes inovadoras no sul de Minas”, enfatizou.
O diplomata do Ereminas, Juliano Alves Pinto, também elogiou a iniciativa da universidade de criar um espaço para incentivo ao empreendedorismo, inovação e troca de experiências.
“O que percebemos na UFLA é uma mentalidade aberta às demandas do mercado, um diferencial para uma instituição de ensino pública. A inovação no século XXI é multidisciplinar, deve unir projetos, ciência e criatividade. Por isso o Lavrastec é muito atrativo, não só pela localização estratégica de Lavras, mas pela infraestrutura da Universidade, que mantém os laboratórios abertos às empresas parceiras e incentiva talentos a inovarem”, destacou.
Na oportunidade, gestores e pesquisadores da UFLA expuseram pesquisas que foram desenvolvidas na Universidade e que têm atendido demandas importantes da sociedade, voltadas para o agronegócio, a produção alimentícia, a inovação e a sustentabilidade.
Para reforçar o histórico de sucesso das parcerias com empresas privadas, o diretor da empresa Minas Verde, Custódio Agostinho Freire, que é também egresso da Instituição, falou do projeto desenvolvido junto à John Deere desde 2008.
Com o programa “Parceiros da Tecnologia”, a empresa dá apoio ao desenvolvimento de novas tecnologias e promove processos de recrutamento e seleção de estudantes formados na Universidade.
Ao fim da visita, o superintendente da Fiemg, Marcos Mandacaru, propôs a realização, em 2018, de um evento conjunto para apresentar o Lavrastec a empresas focadas em pesquisa e desenvolvimento.
“Ao propiciar aos executivos a experiência que vivi aqui hoje, conhecendo a estrutura e competência da UFLA, teremos grandes chances de atrair empresas de alto nível para o parque”, concluiu.
Foco na Inovação tecnológica
Desde 2005, os projetos de inovação tecnológica têm ganhado força na UFLA. O Lavrastec possui 68 mil m² – dos quais 12 mil são de área construída.
A estrutura conta com um prédio empresarial, com 42 salas de 50m², além de três prédios administrativos, abrigando 72 salas de 25m². O parque prevê também auditório para eventos e centro de convivência aberto à comunidade.
Além do parque tecnológico em construção, a Universidade conta com o Núcleo de Inovação Tecnológica (Nintec), que incentiva a pesquisa científica e auxilia os pesquisadores nos processos de transferência de tecnologias e proteção à propriedade intelectual, e a Incubadora de Base Tecnológica (Inbatec), responsável por abrigar empresas cujos produtos, processos ou serviços são gerados a partir de resultados de pesquisas aplicadas em que a tecnologia representa um alto valor agregado.
Em 2017, a inovação tecnológica também foi tema dos Congressos da UFLA (XXX Ciufla, XII Conex, XXVI CPG), envolvendo toda a comunidade acadêmica nos debates sobre o Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei 13.243/16), e suas novidades para o desenvolvimento da ciência nas instituições de ensino públicas.
Além de facilitar a parceria entre universidades e empresas privadas para o desenvolvimento da ciência, a nova legislação reduz a burocracia para aquisição de equipamentos e insumos voltados à produção científica.
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