sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

PRODUTOR RURAL, O ESTEIO DA NAÇÃO

Pesquisa do Sebrae ouviu mais de 4.000 representantes desse segmento, que passa imune às crises
Guilherme Ferreira é o produtor mineiro de queijo com maior sucesso nas redes sociais

O produtor rural é o personagem da economia contemporânea responsável por um dos poucos setores que, há tempos, passa imune às crises e solavancos que o país enfrenta. 

Com o objetivo de valorizá-los e reconhecer sua trajetória, o Sebrae elaborou pesquisa - junto a cerca de 4.400 produtores rurais nos 27 estados -, para detectar quem é este elemento que carrega o país nas costas.

A ideia é mostrar como os pequenos negócios rurais estão se modernizando, abrindo novos mercados e qualificando sua gestão a partir do uso de novas tecnologias de comunicação. A seguir, alguns personagens deste novo modelo de produtor rural.

O rei do Instagram
Guilherme Ferreira é produtor de queijo canastra em São Roque de Minas, no Centro-Oeste do estado, negócio antigo na família. Hoje, ele é com certeza o produtor mineiro desta iguaria com maior sucesso nas redes sociais. Somente no Instagram, onde criou perfil há três meses, ele tem já cerca de 30 mil seguidores. Desde que adotou a ferramenta como instrumento de propagação dos queijos que fabrica, Guilherme passou a ser “disputado” por pretensos queijeiros (nos cursos que promove em sua fazenda), por convivas em eventos do setor e em missões de produtores (no país e no exterior) e, principalmente, por chefs e grandes empresários da gastronomia nacional.

Em sua fazenda, a Capim Canastra, ele produz 20 peças diárias do mais puro queijo minas artesanal. Por enquanto, admite, o fato de ter se tornado “celebridade” nas redes sociais ainda não repercutiu nas vendas diretas, mas ele vislumbra que a visibilidade alcançada (e crescente) vai lhe render dividendos.
Contato: (19) 99213.5658

Fan page do queijo
Onésio Leite da Silva, 53 anos, fabrica queijo desde que se “entende por gente”. No seu terreno, nas franjas da Serra da Canastra, também em São Roque, a sua produção diária de 20 peças de queijo é o bastante para cuidar da família. Os negócios se avolumaram quando a filha Adriana, 29 anos, foi morar com o marido e os dois filhos pequenos nas terras do pai. Mais afeita às modernidades, ela criou uma fan page no facebook onde, frequentemente, posta ilustrações, eventos e histórias sobre o “queijo do Onésio”.

Antes desta ação cibernética da filha, a produção do Onésio não passava de 12 queijos/dia, ou seja, houve um salto de 60% na fabricação. Com isto, ele aumentou sua queijaria (onde se fabrica e se estoca o queijo, manuseado com todos os cuidados higiênicos), conquistou o cobiçado selo SISBI, que lhe permite vender o produto para além das fronteiras de Minas e hoje exporta para Rio, São Paulo e Brasília, além de Belo Horizonte. 
Contato: (37) 98805.9645

Café de qualidade com rastreabilidade
A Região do Cerrado Mineiro é responsável pela produção de 17% do café mineiro. São 55 municípios, 4.500 produtores, 210 mil hectares ocupados e produção anual de cinco milhões de sacas. Os produtores são vinculados à Federação dos Cafeicultores do Cerrado, que engloba seis Associações, nove Cooperativas e uma Fundação.

A Região foi a primeira do país a conquistar a Denominação de Origem. Trata-se de um certificado concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) que comprova e garante os atributos singulares do território, onde são produzidos cafés com identidade e qualidade, resultantes da combinação única de clima, solo, relevo, altitude e “saber fazer” da sua gente.

Para atestar tudo isto, a Região conta com o sistema de rastreabilidade, que, além de comprovar a origem e a qualidade do grão, carrega a história dos produtores e todas as informações do processo de produção. Em cada lote e nas embalagens do café existe um sele que permite a rastreabilidade on line. Alguns dos personagens que podem contar e testemunhar esta notável realidade são:

. Juliano Tarabal, superintendente da Federação, grande estudioso da cafeicultura e da história do café no Cerrado Mineiro => (34) 9 8844.0148

. André e Orlando Nakao, têm uma marca de café torrado e comercializam, com Selo de Origem => (34) 9 9103-8380

. Diogo Tudela, fornece café para a rede Suplicy há muitos anos, sempre com Selo de Origem => (34) 9 9979-0999

. Reinaldo Olini, além de produtor, tem um armazém e filiou-se à Federação para vender com Selo de Origem => (34) 9 9131-9276

por William Monteiro - da Agência Sebrae MG de Notícias

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