Pular para o conteúdo principal

AGRICULTORES FAMILIARES ENTREGAM PRODUTOS ORGÂNICOS NAS RESIDÊNCIAS DE ITAJUBÁ E REGIÃO

Ação é fruto de um projeto de extensão da UNIFEI

Por meio de um projeto de extensão promovido pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), que permite o fortalecimento da comercialização da produção, agricultores familiares de bairros rurais dos municípios de Itajubá e de Brazópolis estão entregando cestas de produtos orgânicos diretamente nas residências dos consumidores, durante o período de isolamento social motivado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).


A iniciativa é apoiada pelo Núcleo Travessia de Pesquisa, Extensão e Apoio à Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural, criado em 2015 e constituído por professores e estudantes do Programa de Mestrado em Desenvolvimento, Tecnologias e Sociedade (PPG-DTecS), bem como por alunos de graduação da UNIFEI.

O Núcleo Travessia tem como coordenadora a professora Viviane Guimarães Pereira, do Instituto de Engenharia de Produção e Gestão (IEPG), e desenvolve suas atividades em temas como políticas públicas de desenvolvimento rural, mercados locais e institucionais para a agricultura familiar, agroecologia e economia solidária, entre outros, num esforço de expandir o debate sobre o desenvolvimento rural, a preservação dos saberes e o fortalecimento da agricultura familiar.

Comunidades que Sustentam a Agricultura
O projeto “Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSA): fortalecimento da comercialização dos agricultores familiares orgânicos da Peroba – Itajubá (MG)” tem como objetivo principal a implantação do sistema de CSA no município de Itajubá, por meio do fomento à ampliação da produção de alimentos orgânicos, do incentivo ao consumo sustentável e à alimentação saudável e de qualidade e da ampliação do mercado consumidor de produtos orgânicos.

Membros do Núcleo Travessia com produtores rurais no bairro Peroba

De acordo com a professora Viviane, o sistema de CSA surgiu nos Estados Unidos e apresenta-se como uma grande oportunidade aos agricultores. “Seu objetivo é valorizar a produção e os agricultores orgânicos, estreitando suas relações com os consumidores e buscando superar os desafios da comercialização”, disse ela.

Antes da pandemia, os principais meios de comercialização utilizados pelas famílias agricultoras do bairro Peroba eram a feira e o mercado institucional do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), os quais foram suspensos para garantir a não disseminação da doença localmente. 

“Diante desse cenário, houve uma rápida reorganização das famílias agricultoras do bairro Peroba, que, em prazo curto, asseguraram a entrega de, aproximadamente, 80 cestas de alimentos semanais, garantindo a renda das famílias e atendendo os consumidores com comodidade, segurança e qualidade”, disse Viviane.

A agricultura familiar
Segundo a professora Viviane, a agricultura familiar possui uma maneira muito particular de agir sobre o meio natural, fazendo do uso da terra o seu modo de vida. “Este saber ambiental diz respeito ao conhecimento acumulado sobre os ciclos naturais e o sistema de manejo dos recursos. Tal conhecimento tem assegurado o uso adequado e sustentável dos recursos naturais, conservando os ecossistemas e gerando trabalho, renda e modos de vida equitativos”, explicou a docente.

Viviane informou que na agricultura familiar, encontra-se a maior parte da população agrícola do país, sendo ela responsável por garantir 70% do alimento presente na mesa do brasileiro. “Entre os estabelecimentos agropecuários, 84% são da agricultura familiar, e eles empregam mais de 78% da população rural, ocupando somente 24,01% das áreas, segundo Censo Agropecuário. Isto demonstra a importância e a capacidade produtiva dos agricultores”, detalhou a professora.

Ela disse que é neste encontro entre a Universidade e a Agricultura Familiar que o Núcleo Travessia atua, a partir de projetos que valorizem os saberes citados e contribuam para a geração de renda para a população envolvida com essa atividade. E para o desenvolvimento de suas atividades o Núcleo vem tecendo parcerias e recebendo apoio, sobretudo por meio de projetos de extensão aprovados em editais da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) da UNIFEI.

da assessoria da UNIFEI

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

TOMBAMENTO DE CARRETA

Tombou, agora, uma carreta de cerveja na Rodovia Fernão Dias (BR-3821), na pista sentido Belo Horizonte, no km 721, na região de Carmo da Cachoeira. A faixa da esquerda está interditada em os ambos sentidos. No momento, trânsito está fluindo sem lentidão. Motorista sem ferimentos graves. Imagens @transitofernaodias *Por Sebastião Filho 

VIGILÂNCIA SANITÁRIA INTENSIFICA FISCALIZAÇÕES PARA PREVENIR O COMÉRCIO DE BEBIDAS IRREGULARES

A Vigilância Sanitária de Varginha está realizando uma ação intensiva de fiscalização em distribuidoras e mercados da cidade para prevenir a comercialização de bebidas adulteradas e irregulares. Até o momento, foram apreendidas bebidas com prazo de validade vencido e sem procedência, mas nenhum caso de bebida falsificada ou adulterada foi identificado no município. Cinco equipes da VISA estão vistoriando 40 estabelecimentos, com foco em bebidas destiladas como cachaças, vodcas, whiskies e gins. A ação faz parte do trabalho preventivo da Secretaria Municipal de Saúde para proteger o consumidor e garantir produtos seguros. Dica importante: Antes de comprar, verifique o lacre e o rótulo, desconfie de preços muito baixos e, em caso de dúvida, entre em contato com o fabricante pelo SAC informado na embalagem. 📞 Denuncie bebidas suspeitas! Vigilância Sanitária de Varginha Telefone: (35) 3690-2204 Site: visavarginha.com.br/index.php/denuncias/

TRIBUNAL CONFIRMA PARALISAÇÃO DO "PROGRAMA ESCOLAS CÍVICO-MILITARES" DO GOVERNO ESTADUAL

O Tribunal de Contas mineiro manteve, em sessão do Tribunal Pleno desta quarta-feira (17/12), a paralisação da “Política Educacional Gestão Compartilhada: Escolas Cívico-Militares”, do governo estadual. Com a decisão, o governo estadual não pode, a partir de 2026, dar continuidade ao modelo nas nove escolas mineiras que já o adotavam, assim como deve interromper possíveis projetos que visam expandir a política educacional. O relator do Processo Agravo nº 1.199.973, conselheiro em exercício Adonias Monteiro, elencou, entre outros aspectos, os principais motivos para a paralisação do projeto: ausência de lei em sentido formal que respalde a implementação do Programa das Escolas Cívico-Militares e inexistência de previsão orçamentária compatível com a política. “A alegação da existência de perigo da demora inverso, com a suspensão repentina do programa nas nove escolas já participantes, podendo gerar retrocesso social, insegurança jurídica e prejuízos concretos à comunidade escolar, não r...