Criada em 1982, a Cooperativa Escola dos Alunos do IFSULDEMINAS Campus Muzambinho (COOPAM) é referência em modelos de cooperativas no Brasil. Com o objetivo de incentivar a criação desse modelo de negócio no Instituto Federal de Roraima (IFRR), foi feita uma reunião na qual o Campus Muzambinho ofertou total apoio à iniciativa.
O mediador dessa conversa foi o coordenador de Extensão, professor Daniel Chiaradia Oliveira que convidou para contribuir com sua expertise o atual diretor da COOPAM, professor Denis Bueno da Silva e o diretor geral do Campus Muzambinho, Renato Aparecido de Souza.
Representaram o IFRR, a pró-reitora de Extensão, Roseli Bernardo Silva dos Santos, o pró-reitor de Desenvolvimento Institucional, Sivaldo Souza Silva e o diretor de Inovação, Adnelson Jati. Do IFRR Campus Novo Paraíso participaram o coordenador de Extensão, Pierre Pinto Cardoso, o diretor do Departamento Técnico, Marconi Bomfim Santana e os professores Tárcisio, Luan e Ellano. Do IFRR Campus Avançado de Bonfim participaram o diretor, Moacir Augusto de Souza, o servidor, Renato Fonseca de Assis Cunha e a professora Eliselda Corrêa.
Importância dos princípios cooperativistas
Segundo os integrantes do IFRR, a criação de uma cooperativa “proporciona benefícios aos associados e o desenvolvimento da comunidade em que a cooperativa está inserida, tendo em vista que há geração contínua de emprego e de produtos e/ou serviços com valores mais competitivos no mercado”.
Eles ainda ressaltaram que “a proposta da cooperativa escola vem de encontro ao anseio de proporcionar valorização dos produtos regionais e principalmente proporcionar aos nossos estudantes uma experiência de vida baseada na cooperação e na tomada de decisões gerenciais com embasamento técnico e coletivo, para que possam cumprir com responsabilidade as atribuições dentro da cooperativa-escola”.
Segundo o coordenador de Extensão, Daniel Chiaradia Oliveira, a vantagem de termos uma cooperativa é que essa é uma alternativa legalizada de comercializar produtos que são gerados dentro da instituição.
Segundo ele, “é feito um contrato de parceria entre a instituição e a cooperativa e os alunos cooperados, unidos, conseguem ter benefícios com a comercialização desses produtos'. Daniel ainda ressaltou que 100% do valor obtido com as vendas fica na instituição sendo 80% para o Campus e 20% para cooperativa que também tem custos, gastos, funcionários e é um órgão independente na instituição. Esse dinheiro, no entanto, é depositado em uma conta do Governo Federal (fonte 250) e só depois é feita tal distribuição.
Também é importante destacar que quem administra a cooperativa são os alunos eleitos (a cada 1 ou 2 anos, dependendo do seu estatuto).
A iniciativa no IFRR
A COOPAM do Campus Muzambinho tem como função atender os alunos associados e demais cooperativados através do incentivo aos princípios cooperativistas e do suporte técnico administrativo quanto à comercialização dos produtos e serviços laboratoriais da instituição.
O mediador da conversa entre as instituições, professor Daniel Chiaradia Oliveira, ainda ressaltou que os primeiros passos que o IFRR deverá realizar para criar sua cooperativa serão: gerar motivação dentro da escola com pessoas interessadas, conscientizar toda comunidade acadêmica sobre a importância da iniciativa, reunir os alunos em uma reunião para discutir um possível estatuto da cooperativa e desenvolver uma ata que servirá de embasamento técnico e jurídico para abertura da cooperativa (com CNPJ). Tudo isso, além de realizar a eleição dos membros que vão compor o grupo diretor.
Segundo os representantes do IFRR, a princípio seu desejo é que as cooperativas-escola nos campi proporcionem aos associados “maiores oportunidades de alavancar seus empreendimentos, pois terão disponíveis orientação técnica, máquinas e equipamentos para beneficiamento, menores taxas de investimento e contribuição, dentre outros.
Diante dessa proposta, o IFRR através do conceito do cooperativismo buscará meios de proporcionar e motivar os pequenos e médios agricultores regionais, motivando o espírito de empreendedorismo e destacando o papel dos agricultura familiar e agricultura indígena dentro das cadeias produtivas no universo do agronegócio brasileiro.
Os campi de início terão a missão de equilibrar o tripé da produção do campus/criatividade/equipamentos disponíveis e como futuros resultados o fornecimento de frutas orgânicas in natura e seus principais derivados, como também alguns produtos de origem animal como mel, doce de leite, produtos lácteos e produtos aquícolas”.
Com esse objetivo o IFRR conta com o apoio da nossa instituição e da Embrapa Roraima. O diretor da COOPAM, Denis Bueno da Silva, destacou que todos da cooperativa estão "á disposição para responder a questionamentos do grupo sobre criação, manutenção e viabilidade, envio do nosso estatuto e lei que determina e exige sobre as cooperativas no âmbito federal".
Segundo os representantes do IFRR, “o IFSULDEMINAS através da sua valiosa experiência compartilhada nos possibilitará minimizar os desafios, superar etapas, compreender às dificuldades, entender os mecanismos de funcionamento, a forma de envolvimento dos alunos e da comunidade. Diante dessa proposta de implantação das cooperativas – escolas, o IFRR tem uma meta para implantação e execução e o IFSULDEMINAS está sendo grande parceiro”.
*Da assessoria do IFSULDEMINAS
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