PREFEITO QUER REMOVER ESTÁTUA DE PELÉ PARA TREVO SECUNDÁRIO

Prefeitura de Três Corações espera doação de área dos Correios na Fernão Dias para deslocamento da obra

Diante do silêncio oficial das autoridades, O Corvo-Veloz divulgou esta semana com exclusividade o impasse entre a Prefeitura de Três Corações e o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), envolvendo a estátua do maior atleta do século 20: o Rei Pelé. Construída no Trevo Sul de Três Corações, na saída para Varginha, às margens da Rodovia Fernão Dias (BR-381), na administração do ex-prefeito José Roberto de Paiva Gomes (Gordo Dentista), o monumento é uma homenagem ao ilustre cidadão tricordiano, Edson Arantes do Nascimento. Concluída em meados do ano passado, a obra esbarrou em uma questão burocrática: foi construída sem regulamentação pelo Dnit. O prefeito de Três Corações, Fausto Ximenes (PSDB), disse na edição de ontem, quinta-feira, 25, na coluna do jornalista Marcio Fagundes, do jornal Hoje Em Dia, que não tomou providências para iluminar a obra do conceituado artista plástico Ceará por temor de que ali ocorram acidentes. "Muita gente para no acostamento para tirar fotografias em local impróprio", justificou o prefeito. Fausto Ximenes disse que está conversando com o diretor Regional dos Correios em Minas Gerais, Fernando Miranda, para obter um terreno que a estatal detêm a beira da Fernão Dias, em um trevo secundário. "A estátua lá terá maior visibilidade não trará perigo aos motoristas", disse.

Fernando Miranda, que tem como padrinho político o ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), é ligado ao ex-prefeito Gordo Dentista, autor da obra. A estátua é uma sucessão de erros. Segundo moradores da cidade, deveria ter sido colocada do outro lado do trevo, em frente ao depósito da distribuidora Coca-Cola. Atualmente o monumento está logo na entrada do trevo para Varginha, o que desvia a atenção dos motoristas que passam pelo local. Além disso, na situação que se encontra atualmente, está vulnerável a ação de pichadores. Até o problema ser resolvido e a estátua removida para outro local ainda deve demorar longos anos, além de aumentar os gastos com a obra.