sexta-feira, 16 de outubro de 2009

SEMINÁRIO DISCUTE INTEGRAÇÃO DAS POLICIAS DE MINAS E RIO DE JANEIRO

Estreitar e integrar ações entre as polícias militares dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Esse é o objetivo do 1º Seminário de Integração das Polícias Militares de Minas Gerais e Rio de Janeiro, realizado pela 4ª Região de Polícia Militar nesta quinta-feira (1º), em Juiz de Fora, Zona da Mata mineira.
O evento visa a troca de informações e experiências entre os participantes, em busca do entrosamento em ações que necessitem da intervenção conjunta das corporações dos dois estados.

Na abertura do evento, o secretário de Estado de Defesa Social de Minas, Maurício Campos Júnior, destacou a importância de iniciativas de integração regional como esta. “A política de integração é um dos pilares da segurança pública em Minas Gerais. Em regiões de divisa, ações integradas facilitam e agilizam as rotinas de diligências e enfrentamento à criminalidade”, ressaltou.
De acordo com Maurício Campos, quanto melhor for o mecanismo para a troca de informações entre as polícias, maior será o sucesso no combate ao crime e a violência. Durante o encontro, que se estendeu até sexta (2), o secretário apresentou o modelo de segurança pública adotado em Minas. Ele tomou como ponto de partida a transformação da Secretaria de Estado de Justiça em Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), ocorrida em 2002.
Como destaque, apresentou a integração das polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros e os investimentos feitos para que esse modelo obtenha resultados positivos.

Divisas

Em todo o Estado de Minas Gerais existem hoje 16 Regiões Integradas de Segurança Pública (Risps), 91 unidades prisionais e 28 centros socioeducativos. Ainda neste ano, 12 cadeias públicas, atualmente administradas pela polícia civil, serão incorporadas ao sistema prisional da Seds. Outras quatro unidades, entre presídios e penitenciárias, serão inauguradas, liberando cada vez mais policiais civis e militares para os trabalhos de investigação e policiamento ostensivo.

Para o vice-prefeito de Juiz de Fora, José Eduardo de Freitas, o encontro trará mais segurança à população das cidades de fronteira. “A integração das polícias vai garantir mais qualidade de vida à população de Minas Gerais e das cidades do Rio de Janeiro que fazem divisa com nosso Estado”, afirmou.

O comandante geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Mário Sérgio de Brito Duarte, falou sobre a importância do alinhamento de estratégias para impedir que o crime organizado ultrapasse fronteiras. “Temos trabalhado diariamente para desarmar e impedir o trânsito dos criminosos. O Rio de Janeiro vive um momento de reação, com bons resultados, frutos de uma política de integração que importamos de Minas Gerais”, disse.

Em sua palestra, o comandante falou sobre a ideologia do crime organizado, o fenômeno da criminalidade nas favelas cariocas e citou o sucesso das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), recentemente implementadas em aglomerados da capital fluminense. “O projeto está implantado em quatro complexos. Em uma primeira fase, entramos com o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e, em seguida, com um grupo de soldados jovens, recém-formados que têm naquele local sua primeira experiência profissional e acabam criando um vínculo com a população daquela área”, explicou.




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