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| "O limite para mim é a necessidade", afirmou o reitor Henrique Duque, em entrevista coletiva |
A tarde desta segunda-feira, 9, foi motivo de comemoração para a equipe médica do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF). Foi anunciado em coletiva de imprensa, o primeiro transplante de medula óssea de tipo alogênico aparentado (quando o paciente recebe a medula de um parente doador), feito com sucesso pela equipe de hematologia do hospital, chefiada pelo doutor Ângelo Atalla.
O paciente, portador de leucemia mieloide aguda, tem 45 anos, e começou a sentir os sintomas da doença em abril de 2011. Encaminhado para o HU, ao ser constatada a compatibilidade com a medula de um irmão, foi internado e submetido a um tratamento quimioterápico de alta intensidade, com a finalidade de destruir a medula doente. No dia 26 de junho, foi levado à cirurgia para o transplante.
Por um período de 15 dias o paciente transplantado ficará sob observação em um leito da Fundação Ricardo Moisés, parceira do HU. A equipe precisa avaliar se a evolução da medula transplantada correrá de tal maneira que a medula do irmão torne-se a medula própria do paciente, processo denominado de “quimerismo”. Depois de 40 dias de recuperação, o paciente já pode retornar para casa.
Existe duas modalidades de transplante de medula óssea. O de tipo autólogo se dá quando o doador de medula é o próprio paciente. No entanto, em casos mais graves como o de leucemia mieloide aguda, a medula utilizada é de um doador. Desde 2002 o HU fez 182 transplantes de medula autólogo, chegando, hoje, ao primeiro transplante de medula alogênico aparentado, isto é, o transplante da medula de um doador que é familiar do paciente.
O objetivo da equipe de hematologia do HU é, em dois anos, evoluir do transplante aparentado e pleitear o não-aparentado – fazendo o uso de bancos de doadores de medula – e por fim, realizar o transplante do sangue do cordão umbilical, o tipo de intervenção mais avançada.
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