Contar a história de um movimento que surgiu no início da década de 1990 em Alfenas, no Sul de Minas, pela valorização das expressões culturais da comunidade afrodescendente na cidade.
Com esta proposta surgiu o documentário “NCNA – Núcleo de Consciência Negra de Alfenas”. A produção, uma parceria do Núcleo e a Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas), teve seu lançamento oficial no dia 11 de abril, na Sala de Eventos Professor Edson Antônio Velano, na Biblioteca Central da Universidade.
Ao resgatar boa parte do trabalho desenvolvido pelo NCNA há mais de 20 anos, o vídeo conta, como disse em depoimento a socióloga Daniela Roberta Antônio Rosa, a história de uma família negra que começou a lutar para manter viva a cultura de seus antepassados.
Com o tempo o trabalho do Núcleo cresceu e, além de debater questões relacionadas à identidade afro e promover eventos ligados a ela, tornou-se um local que trabalha a responsabilidade social.
Em sua sede há várias atividades ligadas à dança, artes marciais e, graças a parceiros, são distribuídos na casa dos fundadores do Núcleo pães e frutas a famílias que necessitam de tal ajuda assistencial.
O documentário começou a ser elaborado em novembro de 2015 e foi concluído em abril de 2016. São 40 minutos de produção, com 25 depoimentos que mergulham em fatos marcantes que levaram ao surgimento do Núcleo.
A cultura popular, como a Congada, Folia de Reis, Moçambique, religiões de matriz africana, a Escola de Samba do Bairro Santos Reis e a capela dedicada aos três reis magos, construída em 1917 e considerada como a mais antiga do século 20 no Brasil, segundo pesquisa desenvolvida pelo Reisado do Estado do Rio de Janeiro, bem como o debate de que o racismo existe, são retratados na produção.
Em números, foram cerca de 10 horas de gravação e 44 horas de edição. A TV Alfenas deu importante contribuição ao Documentário graças ao seu arquivo; assim como o NCNA, que contribui com fotos.
A produção envolveu três colaboradores da assessoria de comunicação da Unifenas (Galvone Praga de Oliveira, cinegrafista; Davidson Eustáquio da Silva, editor de imagens e arte; e Everton Luiz Marques, jornalista responsável).
com Everton Marques - da assessoria
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