quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

EQUIPE DRUMMONSTERS DA UNIFEI PARTICIPA DE PROJETO QUE RESGATA A MEMÓRIA DRUMMONDIANNA

Drummond e um dos telefones de sua coleção

O que Pedro Drummond, neto de Carlos Drummond de Andrade; a Drumonsters, equipe de robótica da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) – campus de Itabira, e a Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade têm em comum, além da forte ligação com o poeta itabirano?

Idealizado por Pedro e executado pela Drumonsters, o projeto “Drummond, fala, fala, fala” consiste na seguinte ideia: ao atender a chamada de um telefone, a pessoa tem a oportunidade de ouvir poemas recitados pelo próprio autor, sendo possível até selecionar qual obra deseja escutar. 
O objeto também esteve à mostra no Fórum das Letras, em Ouro Preto

A participação da Drumonsters, aliás, foi uma indicação do próprio Pedro, que diz ter passado a “admirar e torcer” pela equipe desde que descobriu o seu trabalho.

O objeto utilizado na ação fazia parte de uma coleção de telefones de Drummond e de sua esposa, Dolores Dutra de Morais. 

Este e outros itens do acervo estarão à mostra em uma exposição a ser realizada em março deste ano, na Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, e que, depois, passará por outros pontos de Itabira e região.

A origem do projeto é curiosa: em 1995, Pedro Drummond gravou a voz do avô recitando poemas na secretária eletrônica da casa da família. 

De alguma maneira, um jornalista descobriu a história e publicou o contato em seu periódico, um gatilho para que várias pessoas ligassem para a casa durante todo o dia só para ouvir os poemas.

O telefone já esteve exposto em dois pontos de Itabira: a Avenida João Pinheiro e a Fazenda do Pontal. 

Em ambas as ocasiões, despertou a emoção de quem se arriscava a atender a chamada misteriosa, como garante o diretor de eletrônica da Drumonsters, Arthur Müller: “A recepção da população foi muito boa, muita gente se emocionava. Claro, alguns ficavam receosos em atender, achando que era algum tipo de pegadinha, mas a maioria das pessoas que escutou, principalmente as mais velhas, se sentiu tocada”.

Camilo Lelis, técnico de laboratório da Unifei em Itabira e membro da equipe, também destacou a repercussão que a ação teve dentro da comunidade itabirana, algo que o surpreendeu, e ressaltou que o projeto reforça o cunho social da equipe de robótica: “Acho que a Drumonsters, além de competir, tem um papel social muito importante. Essa foi uma ótima oportunidade de trabalhar esse lado da equipe, de aproximá-la da comunidade. A Unifei tem esse objetivo de atuar e prestar serviços à sociedade, e a Drumonsters, naturalmente, está inserida nisso”.

Fórum das Letras
No dia 22 de novembro, a Drumonsters esteve em Ouro Preto para participar do Fórum das Letras, ação cultural que homenageou Carlos Drummond de Andrade. 

Promovido pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), o fórum tem como principal objetivo a valorização da identidade e diversidade da literatura dos países de língua portuguesa, promovendo shows, peças de teatro e outras atrações.

Arthur Müller conta como foi a experiência do grupo e a apresentação do “telefone drummondianno” aos participantes: “Não esperávamos que tantas pessoas se interessassem, até porque não conheciam muito bem o nosso trabalho. A repercussão foi excelente, encontramos um público que gostava de poesias e nosso projeto foi divulgado nacionalmente”.

Para saber um pouco mais sobre o trabalho realizado pela Drumonsters e conhecer como foi a experiência do “telefone drummondiano” em Itabira, acesse os links:



da assessoria da UNIFEI

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