Mesmo sendo alvo de um Projeto de Lei que tramita na Assembleia Legislativa de MG e irá inviabilizar o trabalho de milhares de fretadores, plataforma de fretamento colaborativo segue atuando e reforça sua presença no interior do estado
Mapeamento da Buser identificou que muitos municípios mineiros sequer têm rotas operadas pelas viações sob concessão pública
Ainda que sob pressão na Assembleia Legislativa de Minas Gerais desde o início de agosto - com a tramitação do PL 1.155, que tenta endurecer as regras do setor de fretamento e intermediação de viagens de ônibus -, a Buser não só segue atuando normalmente no estado como reafirma seu compromisso localmente ao anunciar um plano de expansão para interligar as cidades mineiras. A empresa anuncia novo processo de expansão, que irá conectar 20 novas cidades.
Nascida em Minas, a Buser já tinha começado esse plano em maio, quando iniciou um estudo para mapear o apagão rodoviário em Minas Gerais. A partir daí, a startup conseguiu identificar as cidades que precisavam de conexão com mais urgência por estarem fora do mapa rodoviário ou com acesso precário ao sistema de transporte via concessão pública. O levantamento mostrou ainda que o número de cidades não atendidas pelo sistema regular vem crescendo ano após ano. Só em 2021 foram 50 cidades que tiveram o serviço das empresas de concessão suspenso. Ainda segundo a Seinfra - Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais -, 90 cidades mineiras hoje não têm atendimento rodoviário intermunicipal feito por linhas regulares.
Parte dessas localidades está agora incorporada nesse lançamento, ao lado de outras cidades que ainda não contavam com a presença da Buser. Ao todo, são mais de 75 novas rotas intermunicipais e interestaduais ligando esses municípios e também outros onde a plataforma está reforçando a presença, como Itabira, Governador Valadares e Montes Claros, que agora contarão com novas conexões.
“O lançamento faz parte do nosso esforço para democratizar o acesso ao transporte rodoviário intermunicipal em Minas Gerais. Acreditamos muito no estado e não vamos nos intimidar com o projeto que tramita na Assembleia. Os mineiros aprovam a inovação que estamos construindo, por isso seguimos propondo o diálogo com os parlamentares e trabalhando muito”, afirma Marcelo Abritta, co-fundador e CEO da Buser.
O mapeamento da Buser para se chegar nessas cidades e rotas também identificou que muitos municípios mineiros sequer têm rotas operadas pelas viações sob concessão pública com origem e destino em suas rodoviárias ou pontos de embarque/desembarque. O que acontece é que várias delas acabam sendo atendidas por “paradas” intermediárias de outras linhas concedidas, estando sujeitas às variações de horário e limpeza impostas pelas condições das viagens oficiais.
“A partir da identificação das cidades, conseguimos envolver o nosso time comercial e começamos a entender para onde podemos levar transporte imediato usando nossos parceiros de fretamento”, afirma Abritta. Segundo o executivo, o fretamento colaborativo possui um modelo que permite operar sob demanda, atendendo tanto a necessidade de transporte esporádico quanto diário. “A ideia é otimizar o sistema, que hoje é pouco inteligente. Imagina quantas cidades brasileiras hoje tem um transporte com agenda fixa, mas cuja demanda é pontual? Imagina também o contrário: há muitas cidades precisando de um transporte mais frequente e mais barato, mas do jeito que é oferecido fica aquém das necessidades da população”, completa o fundador.
A expectativa da Buser é continuar ampliando a oferta de rotas no Estado até o final do ano.
Lista das novas cidades mineiras onde a Buser está chegando:
- Abre Campo
- Almenara
- Araguari
- Buenópolis
- Campos Gerais
- Carmo da Cachoeira
- Guanhães
- Itabira
- Itaobim
- Janaúba
- Jequitinhonha
- João Pinheiro
- Paracatu
- Piumhi
- Rio Casca
- São Gonçalo do Rio Abaixo
- Três Marias
- Unaí
- Visconde do Rio Branco
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