
Mais de 50 cidades mineiras não contam com médicos para atender a população em tempo integral. Muitos municípios apenas mantêm contratos para prestação de serviços, algumas vezes por semana, e há locais em que o socorro aos moradores só chega quando a ambulância funciona. O levantamento em Minas foi feito pelo Núcleo de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Minas Gerais (Nescon/UFMG). Os números constam do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde do Ministério da Saúde. A realidade pode ser ainda mais dramática do que os dados apresentados pelo governo federal durante encontro nesta semana de integrantes da Aliança Global para Força do Trabalho, em Ouro Preto.
No Sul de Minas são cinco municípios que enfrentam esse problema: Wenceslau Braz, Munhoz, Santana do Jacaré, Ibituruna e Turvolândia. Segundo o Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG), há 108 municípios mineiros que não contam com médicos estabelecidos no município. “Para considerar que a cidade tenha médico, é preciso que ele more no município em que trabalha. O conselho exige que os profissionais mantenham o endereço atualizado, por isso temos nossa base de dados. As cidades que não têm médico também não contam com juízes, promotores, bancos, asfalto, esgoto, algumas nem padre têm. É um problema que diz respeito a uma realidade social de municípios de baixa renda”, afirma o presidente do CRM, João Batista Gomes.
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