
O produtor Renato Farhat Brito, que possui 608 hectares de café em Três Pontas (MG), já utiliza a tecnologia há duas safras. "Antes eu retardava o início da colheita para não colher mais de 10% de café verde. Com a técnica, começo a colheita com 30% de grãos verdes e faço o descascamento de 50% desse lote", explica. "Com o processamento dos frutos verdes, consigo agregar valor a um produto que antes desvalorizava a produção", diz ele, destacando que, no fim da colheita, a porcentagem de grãos sem qualidade caiu de 20% para 10%. O processamento de café verde é similar ao do cereja. O descascador ou despolpador, equipamento que descasca os frutos maduros, separando os verdes, é o mesmo.
O que muda é a regulagem da máquina. "Regula-se o despolpador para deixar passar no máximo 10% de frutos maduros na porção de frutos verdes." A segunda etapa é amontoar o lote de grãos verdes. "Isso pode ser feito em moega, carreta ou no próprio piso protegido do sol, à noite, e deixá-lo por 12 a 16 horas, cuidando para o café não esquentar e não ser exposto ao sol", diz. "Depois, o material é descascado: regula-se a máquina para descascar entre 40% e 50% do lote, para não quebrar o café que não descasca." Depois, o lote vai para o terreiro, seguindo os mesmos procedimentos de secagem do cereja.
Nenhum comentário:
Postar um comentário