
Quem gasta acima da tarifa mínima paga ainda mais caro, variando o preço do metro cúbico de acordo com o consumo. Na opinião da dona de casa Aparecida da Silva, moradora do bairro Boa Morte, o reajuste não precisava ser tão alto. “A água é uma coisa importante para a vida da gente, mas não precisava ser tão cara. Este aumento de quase 18% realmente vai mexer com o nosso salário, que já é pequeno”, protesta. De acordo com o presidente do Demae, Waldir Damasceno, o reajuste foi aprovado pela prefeita no início de abril e elevará as tarifas em 17,5% - índice bastante superior à inflação do período. Ele tentou justificar o reajuste dizendo que sem ele não seria possível aumentar os salários dos funcionários do Demae e arcar com as despesas de custeio - contas de luz, produtos químicos e materiais de construção.
O Departamento também comemora a injeção de mais de R$1,6 milhão no orçamento do Demae (cerca de R$140 mil por mês), após o reajuste. Vale lembrar que em janeiro de 2008 as tarifas já haviam sido reajustadas em 12%. Mas não é apenas a conta de água que vai pesar no bolso do trabalhador neste mês. Proprietários de imóveis de toda a cidade começam a receber os carnês para pagamento do IPTU, que, por decisão da prefeita Danuza Bias Fortes, também sofrerão aumentos de 6,74%. E até mesmo para cozinhar o consumidor terá que pagar mais caro, já que o gás de cozinha também subiu e já custa cerca de R$ 42,00 nas distribuidoras da cidade.
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