A Câmara de Vereadores de Leopoldina, na Zona da Mata, instaurou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de pagamento de propina. O vice-prefeito da cidade e o ex-secretário de Obras estariam envolvidos no caso. A denúncia de extorsão surgiu por causa de uma obra do Programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, do Governo Federal. O conjunto de casas populares começou a ser construído em 2008 e deveria ter ficado pronto em abril do ano passado. O valor do projeto é de quase R$1 milhão para a construção de 50 habitações.
A empresa Cobrelaje Indústria e Construções Ltda, de propriedade de José Virque Gomes, era a responsável pela obra. Segundo o advogado do empreiteiro, Jonarahn Dutra Souza, ele não conseguiu concluir o projeto porque seu cliente estaria sendo extorquido. Uma Comissão de Sindicância foi instaurada. Em depoimento, José Virque afirmou que entregou dinheiro ao vice-prefeito mais de uma vez, totalizando quase R$16 mil. O secretário de Obras, Haroldo Maranha, que foi acusado pelo empreiteiro de intermediar a cobrança de propina, negou as acusações e disse que nunca entrou em contato com José Virque e que o procurou apenas uma vez para falar sobre débitos da empresa Cobrelaje. A sindicância ouviu ainda testemunhas e outras pessoas que estariam envolvidas no caso e concluiu que ficou demonstrado que houve prática de ato ilícito.
Haroldo Maranha foi exonerado do cargo de secretário de Obras e as denúncias foram enviadas ao Ministério Público e à Câmara Municipal. No gabinete do vice-prefeito, João Ricardo Fernandes, a ante-sala estava vazia e não havia ninguém no escritório. Na noite dessa segunda feira (18) os vereadores decidiram pela abertura de uma CPI. O vice-prefeito João Ricardo Fernandes e o ex-secretário de Obras, Haroldo Maranha, não compareceram à reunião da Câmara. A CPI agora terá o prazo de 60 dias para apurar as denúncias.
do Megaminas.com
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