Desde 1994, quando a Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL) se transformou na Universidade Federal de Lavras (UFLA), o da instituição passou a ser acelerado, com aumento dos cursos de graduação e de pós-graduação, além do ingresso de muitos professores, estudantes, e técnicos administrativos.
Um dos primeiros impactos da expansão da UFLA foi a degradação da vegetação nativa, pois a universidade é uma universidade com grande peso na área das Ciências Agrárias.
Além disso, as queimadas atingiram a de faixa de 15 a 20 por ano na área do campus. Os cursos na área biológica, em suas atividades de docência, pesquisa, extensão e produção com frequência requerem a utilização de animais e, consequentemente, geram grande quantidade de resíduos com grande potencial de impacto à saúde pública e ao meio ambiente.
As atividades laboratoriais de ensino, pesquisa e extensão geram muitos resíduos químicos, a maior parte agressiva ao meio ambiente devido às características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
Na UFLA estes resíduos eram descartados na pia ou então em uma fossa concretada, sendo inclusive jogados a céu aberto. Muitos frascos de reagentes eram armazenados nos laboratórios, ocupando desnecessariamente espaço nestes locais.
Alguns reagentes vencidos e resíduos poderiam ser reaproveitados em outros laboratórios, mas isto não ocorria, pois não havia um local para receber e distribuir estas substâncias. Em 2004 a rede elétrica era constituída por cabos sem capeamento, construída na década de 70 e que apresentava sobrecargas, interrupções excessivas e grande perda de energia.
Na prevenção de endemias e epidemias, a UFLA não apresentava nenhum programa sistematizado de monitoramento ou avaliação de fatores de risco de epidemias e endemias.
O único monitoramento existente era realizado bimestralmente, pelos agentes da Prefeitura, com a colocação de armadilhas no campus, que foi finalizado devido ao prazo de expiração. Também não havia ações de cunho educativo na UFLA.
Diante desta realidade, a universidade, por meio da Reitoria e da Pró-Reitoria de Planejamento e Gestão (PROPLAG), tem estruturado uma série de ações para solucionar esses problemas, elaborando e negociando projetos nos diversos temas de infra-estrutura básica e meio ambiente.
Com isso, a instituição passou a contar com a estrutura necessária para corrigir as distorções atuais e para sustentar o crescimento dos anos vindouros, surgindo, desta forma, o Plano Ambiental da UFLA.
A Universidade Federal de Lavras (UFLA) permanece como a instituição de ensino superior mais verde do Brasil: o ranking GreenMetric referente a 2015 foi divulgado no dia 22, categorizando as iniciativas de sustentabilidade e gestão ambiental das instituições de ensino em todo o mundo.
A pontuação é dada segundo seis critérios principais: estrutura do campus e áreas verdes, consumo de energia, gestão de resíduos, uso e tratamento de água, políticas sobre transportes e atividades acadêmicas relacionadas ao meio ambiente.
O Plano Ambiental da UFLA tem como objetivos agregar ações isoladas, resolver problemas atuais e prevenir possíveis problemas futuros, colocando a UFLA como uma universidade ambientalmente correta. E a iniciativa, que conta com o engajamento de toda a comunidade acadêmica da instituição deu certo.
A Universidade Federal de Lavras (UFLA) permanece como a instituição de ensino superior mais verde do Brasil: o ranking GreenMetric referente a 2015 foi divulgado no último dia 22.
A UFLA aparece novamente como a primeira instituição brasileira e a 39ª entre todas as participantes de todo o planeta. Este é o quarto ano consecutivo em que a UFLA conquistou o primeiro lugar entre as instituições de ensino superior brasileiras.
A pontuação da UFLA é particularmente alta nos quesitos uso e tratamento de água, no qual a universidade conquistou a 26ª colocação geral; e atividades acadêmicas relacionadas ao meio ambiente, quesito em que a instituição ficou na 14ª posição geral.
Considerando a estrutura do campus e áreas verdes, a pontuação obtida pela UFLA a deixou na 37ª posição entre todas as instituições pesquisadas.
Em 2014, a Universidade Federal de Lavras chegou à 26ª posição geral; na edição de 2013, ocupava a 42ª colocação; e em 2012, a UFLA ocupou a 70ª posição entre todas as participantes.
Ranking GreenMetric
O objetivo do ranking é fornecer dados sobre o estado atual e as políticas relacionadas à sustentabilidade e preocupação ambiental nas universidades de todo o mundo.
A Universidade de Nottingham (Reino Unido) foi a primeira colocada no ranking 2015. Ela foi seguida pela Universidade de Connecticut e da Califórnia, ambas nos EUA.
As universidades brasileiras que participaram são: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC/RJ, Universidade de São Paulo – USP, PUC/Rio Grande do Sul, Pontifícia Universidade de Campinas – Puccamp, Universidade Federal de São Paulo – Unifesp, Universidade Federal de Itajubá e Universidade Federal de Pernambuco – UFPE.
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