quarta-feira, 30 de março de 2016

EQUIPE DA FEDERAL DE LAVRAS APRESENTA NOVAS TENDÊNCIAS DA CAFEICULTURA NO MUNDO


A informação se tornou crucial para a competitividade de qualquer atividade econômica e com a cafeicultura não é diferente. 

Por meio do Bureau de Inteligência Competitiva do Café do Centro de Inteligência em Mercados (CIM) da Universidade Federal de Lavras (UFLA), são apresentadas as tendências da cafeicultura no mundo por meio do Relatório Internacional de Tendências do Café.

O projeto reuni, analisa e divulga dados e informações que permitem aos agentes da cadeia agroindustrial do café planejar e tomar melhores decisões. 

Na edição de março, o relatório apresenta diversas informações na área de produção sobre a cafeicultura africana, como o aumento da demanda pelos grãos de alta qualidade do continente e a atuação de organizações sem fins lucrativos que ajudam os produtores do continente. 

Segundo o coordenador do Bureau e professor do departamento de administração da UFLA, Eduardo Cesar Silva, as informações coletadas nos últimos meses mostram que a cafeicultura africana, atualmente, não é tão competitiva quanto a do Brasil ou do Vietnã, os dois maiores produtores mundiais. 

De acordo com ele, a própria regulação do setor cafeeiro definida pelos governos dos países africanos prejudica a produção.

Mas como a cafeicultura é uma importante fonte de renda para milhões de produtores africanos, muitas organizações investem em treinamento para que os produtores produzam mais e melhor e criam projetos sociais nas comunidades.

Na seção que analisa as tendências do café industrializado, um fato novo merece atenção, segundo a analista do projeto e discente da UFLA, Acsa Gusmão, “foi a proibição da compra de café em cápsulas pelos órgãos da administração pública de Hamburgo, na Alemanha”. 

A justificativa para tal medida foi a dificuldade que existe atualmente para reciclar essas cápsulas, que são cada vez mais consumidas em todo o mundo. Para a analista, esta decisão pode influenciar os políticos de outras cidades europeias e reflete uma preocupação crescente com lixo gerado pelo uso das cápsulas. 

Por outro lado, as empresas do setor estão investindo em programas de reciclagem e cápsulas biodegradáveis.

No setor de cafeterias, o analista e discente da UFLA, Fernando Hernandez, destaca a competição entre as empresas do setor, que para ganharem mercado, apostam na expansão para novos mercados, oferta de novos produtos e parcerias com empresas de outros setores. 

Para a coordenadora da área de cafeterias do Bureau, Elisa Guimarães, essas parcerias são importantes porque os parceiros possuem conhecimento valioso sobre o público consumidor e as características do mercado. Além disso, ajudam a reduzir o risco e os investimentos necessários.

Acesse o relatório completo, clique aqui

Bureau
O Bureau iniciou suas atividades em 2010 e é sediado na Agência de Inovação do Café (InovaCafé). Além da Universidade, o projeto possui o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Minas Gerais (Fapemig), da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais (Sectes), da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), do Polo de Excelência do Café, Consórcio Pesquisa Café e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT Café).
com Vanessa Trevisan - da assessoria

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