Terceira edição do festival sensibilizou milhares de pessoas durante três dias
Planejada para mobilizar a população em torno de uma causa, a Virada Varginha foi um sucesso. Em 2018, a proposta foi repensar um novo uso como via não motorizada para a antiga linha férrea, ao atrair a sociedade para o local por meio de atividades, atrações culturais, esportivas e artísticas.
Com uma extensão de cerca de 9km, a linha foi usada durante anos para transportar pessoas e cargas e, desde que foi desativada, a região iniciou um continuado processo de deterioração.
No sábado, 18, cerca de 10 mil cidadãos tiveram o estímulo de andar pela região ao se depararem com dezenas de shows musicais, instalações artísticas, cinema ao ar livre e demonstrações de atendimento de cursos da área de saúde.
Na Estação Ferroviária, por exemplo, durante todo o dia, DJ’s e MC’s tocaram para o público. A música também foi a principal atração de cinco outros palcos: no beco da Rua Monte Castelo, na praça da Vila Flamengo, no Jardim do Barranco do Dinho, na Praça João Pessoa e no Cine Rio Branco.
A ocupação da linha foi estruturada para proporcionar ao visitante a oportunidade de passar o maior tempo possível caminhando pela região. Por isso, a cada vinte metros foi possível encontrar uma atração diferente. Foram montadas tendas com serviços de saúde, de pinturas, de trocas e de exposições artísticas.
"Nós pensamos em colocar várias atividades para agradar pessoas de idades diferentes e promover, em cada uma delas, o pensamento crítico sobre o uso consciente do espaço público", destaca o coordenador-geral da Virada, Diego Gazola.
Com esse objetivo, uma das principais atrações foi o espaço de jogos e brincadeiras para crianças. A Central dos Jogos resgatou brincadeiras lúdicas e de rua para incentivar a criatividade e a autonomia dos pequenos.
A Virada, no sábado, encerrou com observação do céu via telescópios com os especialistas do Observatório Centauro (Cambuquira) e Vaz Tolentino (Belo Horizonte) e com o astrônomo amador varginhense Daniel Serafim, além de um cinema seguido de debate sobre o Caso ET de Varginha com ufólogos renomados sobre o maior incidente da ufologia brasileira.
Três dias de reflexão e movimento
A Virada começou na quinta, 16, com ET chegando do alto do prédio do Clube de Varginha, no centro da cidade.
Para quem tinha curiosidade em ver o céu de um jeito diferente, foi montado no calçadão um telescópio para observação do sol. À noite, um passeio Ciclístico Iluminado, de 8km, percorreu parte da linha férrea até o muro do Caso ET.
As atividades na sexta começaram cedo com observações do Sol pelos alunos de escolas públicas e particulares da cidade.
À noite, cinema no muro no bairro Rinaldi 2 foi a opção de lazer para crianças e adultos que, com olhos atentos, assistiram ao filme BugiGangue no Espaço, uma animação 3D que conta com a participação do personagem "ET de Varginha".
“Apesar de um orçamento de apenas um quarto do ano passado, conseguimos duplicar o engajamento da sociedade. Em 2018 contamos com mais de 400 empresas, instituições e cidadãos engajados na causa da linha férrea. Para 2019 já elegemos nossa grande causa: as águas de Varginha”, conclui Diego Gazola.
A Virada Varginha 2018 é um festival não governamental de cidadania mobilizado pela Muda de Ideia e Sakey Comunicação, alinhada com o Fórum Varginha 2050. Este ano, o festival contou com a parceria estratégica do Sebrae, e com a viabilização pela Pedreira Santo Antônio e Grupo Unis. Contou também com os apoios da RN, Moinho Sul Mineiro e da Associação Feminina de Assistência Social (AFAS-Varginha).
por Eliana Sonja - da assessoria
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