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BANCO DE ALIMENTOS DISTRIBUI CESTAS VERDES PARA FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO DE INSEGURANÇA ALIMENTAR

Dona Tânia separa os alimentos que compõem a Cesta Verde

“O que dói mesmo é a fome”, reflete a auxiliar de serviços públicos da Prefeitura de Poços de Caldas, no Sul de Minas, Tânia Maria de Oliveira. Há dois anos, ela trabalha no Banco de Alimentos da Secretaria Municipal de Promoção Social e faz mais que separar os alimentos que compõem a Cesta Verde, distribuída às famílias em situação de insegurança alimentar. 

O trabalho de seleção envolve muito carinho com as pessoas e o conhecimento que só uma boa cozinheira tem.

“Para os idosos que são diabéticos, a gente evita colocar o abacaxi, por exemplo. A mandioquinha e cenourinha vão para a papinha dos bebês, assim como a banana-maçã. Já o pepino vai para os hipertensos”, conta Tânia. Ela conhece a realidade das famílias atendidas pelo programa. “É bem gratificante saber que o nosso trabalho faz muita diferença na vida das pessoas”, destaca.

Estabelecida pela Lei Complementar 186/16, dentro da concessão dos benefícios eventuais do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), a Cesta Verde é um auxílio-alimentação por meio da distribuição de cestas com legumes, hortaliças e frutas, fornecidas quinzenalmente como forma de complementação das refeições.

Dona Tânia separa os alimentos que compõem a Cesta Verde

Têm direito ao benefício as famílias com renda per capta inferior a ¼ do salário mínimo e que tenham alguma pessoa em situação de insegurança alimentar, como portadores de doenças crônicas não transmissíveis como diabéticos, hipertensos, obesos e desnutridos. Para receber a Cesta Verde, é necessário laudo médico, do nutricionista e parecer técnico-social do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).

As famílias recebem a cesta quinzenalmente. A entrega é realizada às terças-feiras no Banco de Alimentos e também nos CRAS para as pessoas que residem em locais mais distantes. São distribuídas aproximadamente 140 cestas quinzenalmente, sendo 70 retiradas no Banco e 70 encaminhadas aos CRAS.

De acordo com a nutricionista da Divisão de Segurança Alimentar da Secretaria Municipal de Promoção Social, Laís Rodrigues de Aguiar, são distribuídos entre 600 e 1.000 quilos de alimentos por semana. Cada cesta é composta por cerca de 10 quilos de alimentos e a variedade depende das doações ou das compras realizadas por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), sendo no mínimo 10 itens diferentes.

“A família recebe a sacola cheia e devolve outra vazia, de 15 em 15 dias. Algumas famílias conseguem utilizar os alimentos durante os 15 dias. Já em outros núcleos familiares, os itens são consumidos mais rapidamente, em até 3 dias. Embora a cesta seja destinada para um beneficiário específico, com renda inferior a ¼ do salário mínimo per capta e com indicação de saúde, o número de integrantes da família também é levado em conta”, explica a nutricionista. Recebem uma cesta famílias com até cinco pessoas. Já os núcleos familiares com mais de cinco membros recebem duas cestas verdes por quinzena.

“A segurança alimentar previne doenças e outras ocorrências advindas da má alimentação e o nosso objetivo é exatamente garantir direitos básicos ao cidadão”, destaca a secretária de Promoção Social, Luzia Teixeira Martins.

As famílias que se enquadram nos requisitos do benefício devem procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da região onde residem. O assistente social do CRAS realiza a avaliação socioeconômica da família e os profissionais de saúde constatam a condição de insegurança alimentar, para realizar o acompanhamento.

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