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PARCERIA ENTRE UNIFEI E FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ PERMITE PRODUÇÃO DE MÁSCARAS FACE SHIELD


A Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) está trabalhando em várias frentes para ajudar a comunidade local no enfrentamento à COVID-19. Uma das iniciativas se concretizou no dia 04 de abril, sábado, com a entrega do primeiro lote de máscaras do tipo face shield produzidas no Maker Space da UNIFEI.

O projeto das máscaras teve início a partir de uma demanda do Diretório Acadêmico 8 de Outubro (DAMED), da Faculdade de Medicina de Itajubá (FMIt), que, posteriormente, chegou à UNIFEI.

A prototipagem foi feita por meio da adaptação de projetos de face shield da comunidade mundial de impressão em 3D, com auxílios dos professores coordenadores do projeto, pela FMIt, Gerson Hiroshi Yoshinari Júnior, e pela Universidade, Juliana Caminha Noronha. O professor José Alberto Ferreira Filho, da UNIFEI, também contribui com o processo, esclarecendo questões relacionadas a normas técnicas e outras dúvidas.

Após a definição dos detalhes do projeto, teve início a confecção das máscaras do tipo face shield. Como o processo produtivo utiliza impressoras 3D, havia uma limitação de volume diário devido à capacidade das máquinas de impressão do Maker Space. Para aumentar a produtividade diária, as equipes de projetos acadêmicos de competição tecnológica Uai!rrior e Black Bee Drones, a Fator Jr, da UNIFEI, e a empresa High Voltage Equipments (HVEX) disponibilizaram suas impressoras. No momento, é possível produzir até 50 máscaras por semana, e a intenção é aumentar ainda mais a produção.

O professor Gerson Hiroshi Yoshinari Júnior formou-se em Engenharia de Controle e Automação na UNIFEI em 2005. Posteriormente, graduou-se em Medicina, em 2012, pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, ligada à Universidade de São Paulo (USP). Ele tem orientado a equipe do MEDMAKER, que analisou o projeto pelo olhar do profissional da saúde, verificando o conforto e funcionalidade do Equipamento de Proteção Individual (EPI) até sua preparação para distribuição.

Essa equipe, juntamente com a rede de ajuda do DAMED, farão a higienização do material, deixando-o pronto para ser entregue à Secretaria Municipal de Saúde de Itajubá, que se encarregará de destinar esse EPI aos locais de demanda, como, por exemplo, a Santa Casa de Misericórdia de Itajubá e a unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) que atende a cidade e a região. Também foi elaborado um manual de boas práticas na utilização do protetor facial, que será distribuído aos profissionais da área da saúde.

Para que esse projeto se tornasse realidade, os envolvidos receberam ajuda da Braz Center, papelaria situada em Brasópolis-MG, e do Churras é o Bixo, que forneceram o materiais para o visor, bem como da HVEX, que, além da impressora 3D, forneceu matéria-prima para a impressão e para o visor.

Após a prototipagem, foram enviadas duas unidades das máscaras para a Santa Casa de Misericórdia de Itajubá, onde foram testadas e aprovadas para o uso como EPI nos casos de COVID-19.

Além dos professores coordenadores, participaram do projeto, pela FMIT, as alunas Julia Lara Siqueira Ribeiro e Laura França Braga Coelho, bem como integrantes da Rede de Ajuda da Assistência Social do DAMED, e pela UNIFEI, os alunos Mauro Ribeiro, João Flávio de Freitas, Rodolfo Renó e Vanessa Silva.

A universidade agradece a todos os envolvidos pela dedicação em ajudar a comunidade no enfrentamento à COVID-19. A aproximação do movimento maker da FMIt e da UNIFEI aconteceu de forma orgânica e permite realizar muitos outros projetos em conjunto. Essas ações são sempre muito virtuosas e acabam atraindo outros parceiros. O movimento maker é, simplesmente, a ação de fazer as coisas acontecerem de forma rápida e criativa, assim como pedia Theodomiro Carneiro Santiago, fundador da UNIFEI: “Revelemo-nos mais por atos do que por palavras”.

Qual a função da máscara?
A máscara denominada Face Shield, como a tradução sugere, funciona como um escudo facial, ou seja, fornece uma proteção mecânica contra gotículas de fluido corporal do paciente (principalmente saliva), evitando contaminação da face do profissional de saúde.

No atual cenário de pandemia de coronavírus (COVID-19), cuja transmissão se dá principalmente por essas gotículas, o equipamento aumenta sua relevância no cotidiano de atendimento em hospitais, Estratégias da Saúde da Família (ESFs), Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e demais serviços de saúde.

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