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VALOR DA CESTA BÁSICA SOBE 3,31% EM POUSO ALEGRE


O Índice da Cesta Básica de Pouso Alegre (ICB –Pouso Alegre) apresentou elevação de 3,31% no início de abril em comparação com março. Os produtos com maiores altas foram tomate, batata, feijão carioquinha e farinha de trigo. As quedas mais consideráveis ocorreram com a banana e o arroz. Em relação a abril de 2024, a alta no valor da cesta básica na cidade é de 1,79%.

Essa pesquisa é coordenada de maneira conjunta pelo Instituto Federal do Sul de Minas (Campus Carmo de Minas) e o Departamento de Pesquisa do Unis em Pouso Alegre com apoio do GEESUL. São coletados, nos principais supermercados da cidade, os preços dos 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos. A referida coleta ocorre sempre na primeira semana de cada mês.

No início de abril, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta em Pouso Alegre era de R$727,16, correspondendo a 51,79% do salário mínimo líquido (salário mínimo total menos o desconto do INSS). O trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa dedicar 105 horas e 23 minutos por mês para adquirir essa cesta.

Na cidade de Varginha, também pesquisada pelo Departamento de Pesquisa do Unis e IF Sul de Minas, o valor dessa mesma cesta era de R$715,74. Neste mês, também se iniciou a pesquisa em Carmo de Minas e verificou-se que a cesta totalizava R$749,54.

Entre março e abril, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em Pouso Alegre, sete tiveram alta nos preços médios: Tomate (32,37%), Batata (18,19%), Feijão carioquinha (4,39%), Farinha de trigo (3,58%), Pão francês (1,23%), Açúcar refinado (0,60%) e Café em pó (0,19%).

Os resultados gerais da cesta básica apurados em Pouso Alegre e Varginha mostraram muita convergência e apresentaram elevações maiores do que prevíamos. A dinâmica da oferta dos produtos alimentícios foi o principal fator a influenciar esse comportamento dos preços. Esse valor da cesta básica em Pouso Alegre é o maior em termos nominais desde o início da pesquisa em 2021. Além disso, considerando a linha de corte da renda mensal per capita das pessoas pobres, que é de R$218,00, o custo da cesta está 3,34 vezes acima desse nível de renda, o que compromete bastante a segurança alimentar e nutricional dessa população.

Nos relatórios deste mês estamos prevendo que no curto prazo ocorra uma desaceleração no índice de preços da cesta básica nas cidades pesquisadas, visto que alguns produtos devem intensificar a colheita e melhorar a disponibilidade. Também se aguarda o impacto da desoneração tributária na importação de alguns alimentos que pode influenciar a dinâmica dos preços.

Confira a pesquisa completa clicando aqui.

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