Os advogados da Fundação Comunitária Tricordiana de Educação (FCTC), mantenedora da UninCor, conseguiram junto ao Tribunal Regional do Trabalho uma decisão favorável que está preocupando muito os ex-funcionários da Universidade que mantêm processos pendentes na Justiça Trabalhista, uma vez que um ofício do TRT enviado a todos os juízes das Varas do Trabalho do Estado de Minas determina que eles devem suspender as execuções e ordens de bloqueios de valores contra a Fundação Comunitária de Educação. O ofício assinado pela desembargadora Emília Facchini e pelo juiz do Trabalho do Núcleo de Conciliação de 2ª Instância, Danilo Siqueira de Castro Faria, já está em pleno vigor.
Na realidade, com essa ordem do TRT os ex-funcionários da UninCor ficaram sem qualquer garantia que vão um dia receber seus créditos trabalhistas, uma vez que a própria Universidade em seu pedido pleiteando a criação de um Juízo Auxiliar de Execuções argumentou da importância da concessão para a sua sobrevida e ulterior soerguimento da Universidade. Segundo fontes ouvidas, que pedem para não ser identificadas, relatam que o dinheiro e bens liberados pelo TRT serão usados em outras dívidas e virarão pó, pelo menos para os trabalhadores.
A promessa feita com o TRT que prevê um depósito mensal de 10% de sua receita líquida para uma conta a ser usada para pagamento de todos os seus credores, será integralmente cumprida, mesmo porque a única pena imposta pelo TRT em caso de não cumprimento do acordo é o retorno dos processos e prosseguimento das execuções respectivas. Segundo essas mesmas fontes, caso a UninCor não cumpra o que prometeu, e com as execuções tendo continuidade pergunta-se: cadê os bloqueios de valores e bens que garantiam os créditos trabalhistas? Seguramente não serão mais encontrados. Por estes motivos, apontam, a decisão do TRT mineiro está na contramão da história, e lamentam que o Sinpro/MG e o SAAE deram respaldo a essa decisão altamente prejudicial aos ex-funcionários da UninCor.
Salários serão parcelados
Talvez na euforia dessa vitória junto ao TRT, uma circular atribuída ao auditor e gestor interino da UninCor, Luiz Guilherme Raposo Costa, avisa aos professores e funcionários da Universidade que os salários de maio serão divididos em duas parcelas, 50% no quinto dia útil do mês seguinte e 50% restantes no dia 15 de junho de 2010. Essa circular está sendo interpretada como uma rotina daqui prá frente de novo arrojo contra os trabalhadores, haja vista que entrar em juízo contra a UninCor agora pode não ser uma boa idéia.
da Folha do Sul Online
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