Pular para o conteúdo principal

COM BOLSAS ATRASADAS, ESTUDANTES PRESSIONAM REITORIA DA FEDERAL DE JUIZ DE FORA

Próxima reunião será agendada para o final do mês de novembro

70% de estudantes indeferidos no processo seletivo do Apoio Estudantil, moradia que não sai, falta de estrutura, falta de transparência, e descumprimento dos acordos firmados com a Ocupação, movimento estudantil da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Pressionada, a Reitoria da instituição se reuniu na última quarta-feira, 28, com um grupo de alunos para tratar de demandas da comunidade estudantil, entre elas, as bolsas de apoio, monitoria, políticas de segurança, questões sobre transporte e manutenção do campus.  

A intenção foi atualizar os estudantes presentes sobre as ações já implementadas e o andamento das demais propostas do acordo firmado entre o movimento Ocupa e a Reitoria.

Retornaram às aulas e muitos estudantes que se encontram em situação de vulnerabilidade econômica não estão recebendo o auxílio desde o mês de abril, o que compromete sua permanência na instituição e sua dedicação aos estudos.

De acordo com o movimento Ocupa, mesmo os que estão recebendo o emergencial também são sendo prejudicados pela falta do auxílio transporte, já que em muitos casos o aluno tem que pagar R$10 por dia para se deslocar até a universidade.

O reitor Júlio Chebli iniciou a reunião informando sobre a abertura de pregão eletrônico, no dia 5 de novembro, para contratação de empresa responsável pela manutenção do campus, pois a Pró-reitoria de Infraestrutura não tem pessoal suficiente e não há, pela legislação, possibilidade de abertura de concurso para profissionais desta área. 

A empresa cuidará de pequenos reparos e  falhas no sistema de iluminação do campus, problema levantado pelos estudantes.

O pró-reitor de Apoio Estudantil e Educação Inclusiva, Frederico Freire Rosa, confirmou a divulgação do resultado do edital do apoio para a última sexta-feira, dia 30, e o pagamento das bolsas em novembro, tirando dúvidas sobre o pagamento retroativo daqueles que possuem direito e sobre a possibilidade de recurso, cujo prazo também ficou estipulado para ser informado até o último dia 30. 

Há, segundo ele, recursos garantidos para o edital em vigor (01/2015) e para abertura do 02/2015, o qual deverá contemplar os ingressantes do segundo semestre. A Pró-reitoria prorrogará para 2016 a validade do edital e o setor pretende implementar um processo de fluxo contínuo para evitar período fixos de abertura e fechamento de edital. 

Ele comentou, ainda, sobre o avanço dos trabalhos da comissão responsável pela Moradia Estudantil que caminham para a conclusão do regulamento de ocupação e uso do espaço.

Sobre as bolsas de monitoria, a pró-reitora de Graduação, Ana Claudia Peters, disse ter feito contato com os coordenadores de bolsas lembrando que, com a retomada das aulas, é também retomado, normalmente, o lançamento de frequência e a possibilidade de nova seleção de alunos.

O vice-reitor Marcos Chein informou o envio, conforme acordado, de documento à Prefeitura solicitando mais veículos e linhas para o campus, e que pretende se reunir em breve com o setor de Transporte da UFJF para, também, ampliar os horários dos circulares. 

Ele apresentou, ainda, a proposta de campanha elaborada pela Diretoria de Ações Afirmativas, permitindo o acesso das pessoas ao banheiro (masculino e feminino) com que elas mais se identificam. Os cartazes deverão ser colados na Reitoria e distribuídos nas unidades.

Chein informou que na pauta do Conselho Superior da última quinta-feira, 29, incluía a votação da proposta de transmissão ao vivo das reuniões e o Regimento Interno de Governador Valadares, demandas também apresentadas pela comunidade estudantil. 

Também se prontificou a verificar o andamento dos trabalhos da comissão de segurança, já nomeada, e sobre o fechamento do portão de acesso próximo ao Instituto de Ciências Exatas (ICE).

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

BOLSONARO CONDENADO

Nesta quinta-feira (11), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu, por maioria, condenar os oito réus do Núcleo 1 da ação penal 2668, a trama golpista. A AP 2668 tem como réus os oito integrantes do Núcleo 1 da tentativa de golpe, ou “Núcleo Crucial”, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR): o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF; o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (réu-colaborador); o ex-presidente da República Jair Bolsonaro; o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa. A acusação envolveu os crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de E...

ANTT EM PERDÕES

O prefeito Teco, o vice Totonho, o presidente da Câmara Jhonny e os vereadores Luizinho e Wagão, receberam ontem os técnicos da Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT), Allan Milagres e Carlos Alvisi para discutir "in loco" às modificações nos acessos em áreas prioritárias de Perdões.

O CASO FUNDECC

Comparando as falas do Reitor com o Relatório elaborado pelo Adriano Higino O reitor da Universidade Federal de Lavras (UFLA) disse em uma reunião do Conselho Universitário (CUNI) que a Fundação para o Desenvolvimento Científico e Cultural (Fundecc) estava com graves problemas financeiros e que havia indícios de desvio de recursos públicos nos projetos geridos pela fundação. Quem assistiu a fala do Reitor no Conselho Universitário entendeu que a FUNDECC estava com os dias contados e que, em breve, vários professores da universidade teriam que explicar esses indícios de irregularidades para as autoridades. Pois bem, ao que parece, o Reitor, por algum motivo, desistiu de apurar as “supostas irregularidades” na FUNDECC, ou, pelo menos, de compartilhar essa apuração com o CUNI, que é o órgão deliberativo máximo da instituição. Também, ao que parece, o Reitor transmitiu informações incorretas ao explicar a situação financeira da FUNDECC. Pelo menos é isso que consta no relatório escrito pel...