
O Memorial de Rosas será construído junto ao antigo cemitério Nossa Senhora da Paz, no bairro Grogotó, numa área de oito mil metros quadrados. A equipe de criação do projeto, formada pelo arquiteto Cássio de Lucena Carvalho, pela arte-educadora Áurea de Lucena Carvalho, pela historiadora Fernanda de Castro Metzker e pelos estudantes Sheila Metzker Andrade, Marlon dos Santos Thiago e Walter Silva Costa, apresentou a proposta vencedora.
O resultado do concurso nacional foi anunciado durante o III Festival da Loucura. Representantes da Fhemig, do Iepha e do Governo Municipal conheceram o projeto vencedor. O projeto cumpriu três objetivos: a preservação dos sepulcros, minimizar as intervenções no terreno e o fortalecimento do caráter público do Memorial.
Os corpos enterrados devem permanecer no local dignificando a memória dos ex-internos e de outros moradores ali sepultados. Uma passarela vermelha, suspensa no terreno, liga a entrada ao prédio principal. À noite, a iluminação difusa entre as lápides juntamente com a neutralidade do entorno cria uma ambientação imaculada, desmistificando a idéia do cemitério como algo lúgubre para aproximar as pessoas da realidade local.
Para o Governo Municipal, a proposta é arrojada, de fácil execução e será uma construção muito bonita. O Memorial não vai implicar em questões jurídicas ou religiosas. Os corpos serão mantidos nos túmulos. Com este projeto, encerra-se um ciclo da loucura, que agora ficou reservada ao passado.
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