quinta-feira, 19 de março de 2009

DESCASO DA POPULAÇÃO AMEAÇA SAÚDE DE COLETORES DE LIXO

por Gazeta de Varginha

Cinco dos 40 coletores de lixo que trabalham em Varginha estão afastados. O lixo mal embalado tem se tornado o principal inimigo destes trabalhadores. De acordo com o Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho da Prefeitura de Varginha (SESMT), só em 2008 foram 21 casos motivados por objetos cortantes mal embalados para o descarte. De acordo com o SESMT, a atividade de coleta de lixo representa 10% de todos os acidentes de trabalho ocorridos no Brasil. Mesmo com luvas e outros equipamentos de segurança, o número de trabalhadores feridos pelo lixo é considerado alto em Varginha. "Os coletores tem se machucado constantemente mesmo usando os equipamentos adequados de segurança" como informa o Chefe do Departamento de Limpeza Urbana Edelson Antônio Braga.


Na última semana um coletor de lixo que trabalhava no bairro Centenário chegou a registrar o Boletim de Ocorrência após ter sido ferido por uma agulha que estava solta dentro da sacola plástica. Ao cortar a mão, o coletor fica afastado de cinco a dez dias dependendo da gravidade. Quando tem a mão perfurada por agulha, precisa fazer 12 tipos de exames para detectar alguma contaminação. O coletor ainda deve fazer novos exames após 30, 60 e 180 dias do acidente ocorrido. Para o Chefe de Limpeza Urbana, esses tipos de acidentes poderiam ser completamente evitados se a população tivesse mais cuidado na hora de descartar lâmpadas, copos, louças, latas de alumínio e outros objetos cortantes.


Pregos, parafusos e lascas de madeira também são extremamente perigosos para os coletores. Edelson ainda destaca que se estes materiais forem embalados com jornal, papelão ou até mesmo o simples ato de dobrar para dentro a tapa serrilhada da lata de conserva, o trabalho ofereceria menos perigo. Cerca de 80 a 100 mil quilos de lixo são produzidos diariamente em Varginha.

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