Mais sensível aos efeitos da crise internacional, Minas Gerais deve apresentar neste ano taxas de crescimento menores que a média nacional. Seguindo o exemplo do Brasil, a economia mineira deve ficar estagnada ou pode registrar até mesmo taxa negativa. O exemplo é a estagnação nas vendas de grandes redes varejistas do interior do Estado. Uma delas, a Eletrozema, com 220 lojas em pequenas e médias cidades e uma das maiores redes de lojas de móveis e eletrodomésticos de Minas, as vendas caíram 12% nos primeiros dois meses de 2009, em relação ao ano passado. A empresa, segundo seu presidente, Romeu Zema, está cortando pela metade os investimentos programados para este ano. "Já vivemos um ambiente recessivo há cinco meses", disse o empresário.Nos balcões do comércio, o grande termômetro da economia real, a crise já demonstra os sinais da recessão que passa as redes varejistas no interior de Minas. Segundo especialistas, as redes interioranas, possuem uma característica que torna essa recessão peculiar em relação a outras: a crise é pontual e desigual. Em determinadas cidades, as vendas do comércio permaneceram estáveis e até registraram crescimento; em outras, desabaram. Na rede Eletrozema, por exemplo, a unidade de Perdões, no Sul de Minas, apresentou grande queda, enquanto em Campo Belo, cidade distante 30 km, as vendas permanecem em alta. Outra que enfrenta a crise, a rede varejista Edmil, que surgiu em Elói Mendes, no Sul de Minas, já apresentou queda nas vendas de móveis, eletrodomésticos e colchões. O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Sérgio Barroso, lembra que não houve cancelamento de investimentos por parte do Governo de Minas.
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