Ao contrário do que ocorreu nas duas últimas eleições para o governo de Minas Gerais, o próximo pleito terá uma disputa acirrada e contará com candidaturas expressivas. A mais de um ano das eleições, as especulações dão ao cenário um tom de indefinição quanto ao rumo de legendas como PT e PMDB. Mas o que não faltam são pré-candidatos. Até o momento, quatro nomes são dados, nos bastidores dos partidos, como preponderantes para esquentar a briga: o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, ambos do PT, o ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), e o vice-governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB). Os petistas e o peemedebista podem compor uma chapa, bem como podem formar dois palanques de siglas da base aliada do presidente Lula (PT) em Minas.A próxima eleição diverge dos últimos pleitos por uma peculiaridade: sem o governador Aécio Neves (PSDB), todos os nomes colocados têm condições para deixar a disputa acirrada. Na eleição de 2006, Aécio liderou todos os cenários e conseguiu a reeleição com folga. Não havia candidatos para superá-lo. O PT apresentou o nome de Nilmário Miranda e consolidou uma chapa desastrosa com o PMDB, que apresentou como candidato ao Senado o ex-governador Newton Cardoso e como vice, Zaire Rezende. A junção desagradou os eleitores que impuseram uma derrota histórica ao partido. Mas o principal motivo do fracasso da candidatura ao governo foi a imagem do adversário. Aécio já havia se consolidado politicamente como uma liderança no cenário nacional. Em 2002, também derrotou Nilmário Miranda. O tucano já era um fenômeno de popularidade depois de ser eleito, tendo como vice o empresário Clésio Andrade. Não é só a disputa pelas candidaturas de governador em 2010 que está acirrada. Nos bastidores, ganha corpo uma briga pela vaga de vice nas chapas. E também não faltam nomes. No caso mais emblemático, os ministros Patrus Ananias (PT) e Hélio Costa (PMDB) discutem a formação de uma chapa com o PCdoB, tendo a deputada federal Jô Moraes como vice. Caso o PMDB tenha uma candidatura própria, o partido deverá procurar um nome dentro da base do presidente Lula para compor a chapa com Hélio Costa. O PCdoB nacional deve apoiar uma candidatura petista ao Palácio do Planalto. A composição deve se refletir nos Estados.
Se Pimentel for o candidato do PT, deve buscar um nome de legendas da base para compor. O próprio PCdoB seria procurado. No PSDB, a vaga de vice de Anastasia é cobiçada por dois nomes. Estão no páreo o presidente da Assembleia, Alberto Pinto Coelho (PP), e o secretário de Estado Dilzon Melo (PTB). “O PTB vai caminhar com Aécio Neves”, afirmou a presidente da legenda na capital, a vereadora Elaine Matozinhos. O presidente estadual do PPS, Juarez Amorim, também confirmou que seu partido vai apoiar um nome apresentado por Aécio: “É natural que caminhemos juntos”.
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