Após sete anos de reforma, foi reinaugurada, hoje, 17, às 10h, a Capela Santo Antônio do Rio das Mortes Pequena, em São João Del Rei, com cerimônia religiosa celebrada pelo bispo diocesano dom Waldemar Chaves de Araújo. A reforma que se estendeu por um longo período, foi feita exclusivamente por moradores do distrito do Rio das Mortes. Na primeira etapa da obra, pedreiros, ajudantes e a população em geral fizeram parte do mutirão para reformar a igreja. Já na segunda, serviços mais específicos foram necessários, como douração, carpintaria e pintura. De acordo com Sebastião Roberto de Carvalho, presidente da comissão da reforma há seis anos, foi um projeto que contou somente com a comunidade e que orgulha muito todos os moradores. "A reforma foi feita apenas com o dinheiro de doações e ajuda da população do Rio das Mortes. No começo houve um mutirão muito grande e envolveu várias pessoas. Toda comunidade sempre colaborou. Realizávamos o trabalho sempre aos sábados e feriados", explicou.Ainda conforme Carvalho, no começo a comunidade acreditava que seria fácil, mas com o passar do tempo tiveram que refazer desde o piso até o altar de Santo Antônio. "O forro, por exemplo, devido à chuva, ficou tão fino que parecia couro. Pedimos doações de porta em porta. Felizmente, tudo deu certo e estamos muito contentes. A obra que no início foi orçada por uma empresa particular em R$600mil, saiu para a comunidade por cerca de R$120 mil", comemorou. De acordo com o presidente da comissão da reforma, há uma peculiaridade marcante na capela do Rio das Mortes. "Existe a imagem de um capeta no interior da igreja. Apenas duas igrejas no mundo têm esse tipo de imagem dentro dela", disse.
Na capela de Santo Antônio do Rio das Mortes, a figura demoníaca é representada dando a mão a uma alma. Tudo isso relacionado à lenda de Santo Antônio, que diz que em Pádua havia uma alma que estava prometida ao diabo. Porém, no momento que seria levada ao inferno ela se arrependeu. Foi quando Santo Antônio interveio em seu nome. Por isso, há uma placa na mão do diabo com os dizeres que a alma daquela pessoa pertencia a ele. Entretanto, com a benevolência costumeira, o santo pegou a alma e a puxou concedendo-lhe o convívio no Paraíso.
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