sábado, 17 de outubro de 2009

MARINA ANDRADA LANÇA HOJE 'PINCELADAS DO PASSADO'

A memorialista Marina Maria Lafayette de Andrada Ibrahim lança hoje, sábado, 17, o seu novo livro “Pinceladas do Passado”. O evento está marcado para as 16h, no Hotel Grogotó, em Barbacena, na Zona da Mata. O valor arrecadado com a venda do livro será doado à Casa do Velho Amigo da Santa Casa de Misericórdia. A cada obra lançada - e não tem sido poucas nos últimos anos - a escritora mineira Marina Maria Lafayette de Andrada Ibrahim, se firma na memorialística mineira como uma arguta observadora da vida e da história de um bom pedaço do século XX. Sua habilidade intuitiva em captar e registrar impressões sobre o mundo a sua volta vem desde a mais tenra idade. Filha temporã do Embaixador José Bonifácio de Andrada e Silva (1871-1954), representante do ramo mineiro dos Andrada, descendentes diretos do Patriarca da Independência, Marina Maria passou a infância e juventude convivendo com figuras ilustres do Itamaraty, com seus diversos parentes políticos e, em périplos pela Europa e América do Sul, nos vários países onde seu pai serviu como diplomata.


Com um background tão interessante, a jovem Marina, ainda que totalmente habituada a um mundo tão cosmopolita e pleno de fatos incomuns, não se contentou somente em vivenciar situações para ela cotidianas. Espontaneamente, e sem precisar de um certo distanciamento histórico para saber distinguir o que deveria ser registrado daquilo que seria trivial, Marina dedicou-se a anotar cuidadosamente cada encontro, cada evento, cada sensação colhida ainda no calor do fato recém-acontecido. Sorte nossa, pois a generosidade da menina em compartilhar com o futuro suas impressões fizeram-na uma inigualável repórter de seu tempo. No seu novo livro, Pinceladas do Passado - Volume II, 207 páginas, Gráfica e Editora Cidade de Barbacena, assim como na edição anterior, Marina Maria continua a nos presentear com fragmentos do seu longo e precioso diário.


Sem cerimônias, divide conosco as impressões de fatos e pessoas que fizeram parte de sua vida. De forma intimista, sempre com as amigas inseparáveis, ou citando seus irmãos e parentes pelos apelidos, Marina leva o leitor a ter a nítida sensação de estar revivendo em um outro tempo. Os anos dourados de um Brasil que não existe mais. Os anos dourados de uma menina que apesar de conhecer de perto os embates da política oligárquica, os horrores da guerra, registrava tudo com indisfarçável otimismo e bom humor. E mesmo nos relatos do universo aristocrático onde sua família transitava com desenvoltura, não se nota traços de presunção ou afetação. O ambiente que prevalece no livro é nostálgico, mas divertido e informativo, pois muitas notas de rodapé ajudam a situar o leitor.
com Idinando Borges e Edson Brandão

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