Sindicalistas ligados as empresas de transporte coletivo denunciam um perigo nas noites de Belo Horizonte, capital de Minas. Segundo eles, 70% dos veículos que operam o transporte noturno de universitários na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) estão em situação irregular. Diariamente, milhares de estudantes se deslocam de cidades distantes até 100km, em busca de um curso superior na capital. A realidade também é constante no interior do Estado e já se tornou uma prática comum. O serviço ilegal é alimentado por milhares de pessoas insatisfeitas com o sistema coletivo regular. São carros de passeio e mototáxis conduzidos por pessoas não-habilitadas para a função. Eles oferecem rapidez no itinerário e levam clientes até a porta do destino desejado. Deficiência na fiscalização e decisões liminares da Justiça em favor dos infratores impedem que a prática seja coibida.
Um acidente no final da noite de quarta-feira, 11 de março deste ano, matou cinco ocupantes de uma van na BR-381, em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Quatro das vítimas eram estudantes universitários que retornavam das aulas na capital mineira. Outras 13 pessoas sofreram ferimentos e foram encaminhadas aos hospitais de Pronto-Socorro João XXIII, Odilon Behrens e Risoleta Neves. Segundo o Corpo de Bombeiros, a van Sprinter placa GVQ-2696, de Caeté, bateu de frente com o caminhão placa DAH-6020 (Jundiaí-SP) no km 435 da rodovia. Testemunhas contaram que o caminhão, que seguia no sentido BH e estava carregado com vergalhões, passou desgovernado em uma curva e invadiu a contramão. Ainda segundo testemunhas, o motorista da van não teve condições de fazer nada.
Nossa equipe chegou a registrar a quantidade de pessoas que desceram de ônibus, gravando a descida de um a um, durando mais de 3 minutos e totalizando 87 universitarios, em frente a uma universidade de Belo Horizonte. "No dia em q houver um acidente serio em decorrencia da superlotaçao ,a sociedade irá perceber o risco que nossos filhos estão correndo e com certeza irão reinvindicar. Esquecerao as bandeiras e lutarão nao so pelos ônibus, mas pelas faculdades que perdemos de braços cruzados", afirma uma aluna indignada com a situação.
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