Soldado Santana, chama o pequeno Bernardo de “guerreiro”
Com 47 centímetros e pesando 2, 715 quilos, Bernardo não quis saber de esperar até chegar ao hospital para nascer. A mãe, Heloísa do Rosário Santos, de 23 anos, deu a luz ao menino na escada do prédio onde mora com a ajuda do marido e vizinhas, sob a orientação do Soldado Euclídes Santana Júnior do 10º Batalhão Bombeiro Militar (BBM). Segundo Heloísa, o nascimento do bebê estava programado para o dia 10 de janeiro, mas que na madrugada do dia 25, Natal, começou a sentir contrações. Por volta das 07h30 da manhã resolveu tomar banho para poder ir ao hospital. “Foi à conta de eu colocar a toalha no varal e minha bolsa romper”, conta. Heloísa e o marido André moram no quinto andar de um prédio no bairro Planalto e mesmo antes de conseguir chegar ao carro, que estava na garagem, o pequeno Bernardo resolveu nascer.
Valéria e Edilene, vizinhas de Heloísa acionaram o Corpo de Bombeiros e recebendo a orientação do Soldado Santana, realizaram o parto. “Elas foram corajosas, porque se fosse eu, não fazia. A Valéria parecia que já havia feito isto antes”, conta a mãe de Bernardo. Com relação à ajuda do Bombeiro, Heloísa afirma que “o apoio que tive foi do Soldado Santana. Pra mim foi um conforto ter uma pessoa experiente nos ajudando”. O motivo de tanto medo é que no último ultrassom realizado por Heloísa, o bebê aparecia com o cordão umbilical envolvido no pescoço. “Eu pensei que ele (bebê) fosse morrer, mas tudo foi normal. Foi um ótimo presente de Natal”, completa. Para o Soldado Santana, o ano foi fechado com chave de ouro. “Foi um prazer e um orgulho ajudar. Fechei o ano bem e presente nenhum vale tudo isso. Meu ano começou e terminou bem”, afirma. Realmente 2009 vai ser inesquecível para o Soldado Santana.
Em março de 2009, ele também, por telefone, ajudou a salvar uma criança. O fato ocorreu no bairro Jardim das Acácias, quando a dona de casa Marta de Jesus, 17 anos, foi lavar roupa e colocou o filho em uma piscina plástica próximo ao tanque. Segundo ela, ao se distrair um pouco, Kauan Rynner, que na época tinha 10 meses, se afogou. Mesmo tirando o garoto imediatamente da piscina, Marta de Jesus notou que o filho não respirava e apresentava a pela azulada devido ao quadro de asfixia. Sem telefone em casa, a mãe começou a gritar. Um dos vizinhos chegou ao local e foi até o telefone público que fica na esquina da casa de Maria. Aos 24 anos e grávida de oito meses na época, Fernanda da Silva Meira, ligou para o 193. Do outro lado da linha estava o Soldado Santana, que passou todas as orientações de como a vizinha deveria proceder. Assim que foram realizados os procedimentos, a criança desengasgou e recuperou a respiração.
Carina Lelles, G37
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