segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

FEDERAL INVESTIGA EMPRESÁRIO ENVOLVIDO EM ROUBO DE CARGA

A carreta, roubada em Areal (RJ), com o equivalente a R$ 1, 503 milhões em nióbio de lítio, matéria-prima de turbinas de avião, foi rastreada e localizada em um galpão na Colônia do Marçal
 
Continua detido no Presídio Regional de São João del-Rei, no Campo das Vertentes, desde o último dia 25 de janeiro, o empresário William Nassif, de 34 anos, suspeito de crimes de receptação qualificada de 43 toneladas de nióbio de lítio roubado e formação de quadrilha. Ele, inclusive, está sendo investigado por ligação com outros grandes roubos de carga. A Polícia Federal suspeita que Nassif esteja envolvido no roubo de carga de um porto de outro Estado. Além disso, a PF cogita a sua participação no desvio de 100 toneladas de cobre, encontrados em São João del-Rei, nesta semana. Porém, ainda não foi comprovado que o material é ilícito. O caso está sendo encaminhado para a Polícia Federal, pois pode representar um amplo esquema de fraude.


No galpão que fica à Rua 9, na Colônia do Marçal, de propriedade do empresário, que também é dono das empresas “RC Ligas” e “Mundi Exter", foi localizada pela Polícia Militar, no dia 25 de janeiro, uma carreta, roubada em Areal (RJ), com o equivalente a R$ 1, 503 milhões de reais em nióbio de lítio, matéria-prima de turbinas de avião. O delegado de crimes contra o patrimônio e roubo de carga, Alexandre Federico, afirma que William e seus empregados, Roberto Pinto Camargo, 30 e Wagner Sandim Golçalves, 32, serão acusados pela receptação das 43 toneladas de nióbio e formação de quadrilha. Eles podem pegar até nove anos de prisão. A carreta da empresa Minax Transportes, que transportava o nióbio de Araxá–MG para o Rio de Janeiro, foi interceptada, às 19 horas do dia 24, na BR-040. A PM de São João del-Rei foi avisada do roubo e da localização da carga, pela Minax, que fez o rastreamento da carreta por satélite.

100 toneladas de cobre encontradas
Além disso, segundo o delegado, 100 toneladas de cobre foram encontradas em outro galpão. A Polícia Civil suspeita que a carga é ilícita e as notas são falsas. Cogita-se, também, o envolvimento de William Nassif. “As condições em que a carga foi encontrada não são condizentes com as que a gente tem costume de verificar. Na próxima semana já devemos saber se essas 100 toneladas são de origem lícita ou ilícita”, disse Federico.
com Folha das Vertentes

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