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AEROPORTO DE COFINS EM BH PODE TER LIMITES DE VÔOS

Medida encontra-se atualmente em análise pela diretoria da Anac e poderá ser adotada caso a Infraero não aumente a capacidade da estrrutura
 
Infraero não definiu se irá construir um segundo terminal de passageiros

Com a capacidade de movimentação de passageiros ultrapassada em 617 mil pessoas no ano passado, e com gargalos no pátio de estacionamento de aeronaves, o Aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITN) em Confins, Região Metropolitana de Belo Horizonte, poderá ter o número de voos limitado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A medida encontra-se em análise na diretoria da Anac e poderá ser adotada caso a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) não aumente a capacidade do aeroporto, informou o órgão regulador. Hoje, apenas os aeroportos de Congonhas e Guarulhos, em São Paulo, têm restrições da Anac quanto ao número de voos por hora.

Construído na década de 1980, o AITN tem capacidade para 5 milhões de passageiros por ano. O aeroporto passou cerca de uma década ocioso, até que os voos que congestionavam o Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, foram transferidos para Confins, em 13 de março de 2005. De lá para cá, o movimento foi crescente, tendo atingido 5,617 milhões de passageiros no ano passado, aumento de 8% em relação aos 5,189 milhões de 2008. Na comparação de janeiro de 2010 com janeiro de 2009, o incremento do movimento de passageiros foi de 34,4%. Passou de 444 mil para 597 mil.

Além da saturação do terminal de passageiros do AITN, outros gargalos estão no pátio de estacionamento de aeronaves e na pista de táxi. De acordo com estudo do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), que representa as companhias aéreas, o Aeroporto de Confins tem 16 posições de estacionamento e, nos horários de pico, há até 18 aeronaves em movimento. Sem espaço para receber todos os aviões nas pontes de embarque e desembarque, a Infraero já usa ônibus para transportar passageiros até as aeronaves estacionadas em pontos remotos do pátio. Com a confirmação de Belo Horizonte como uma das cidades sede da Copa do Mundo de 2014, aumentou a preocupação quanto à infraestrutura para sediar o evento.

De acordo com o subsecretário de Assuntos Internacionais de Minas Gerais, Luiz Antônio Athayde, no ano passado, o Governo mineiro entregou ao Ministério da Defesa - pasta à qual a Infraero está subordinada - o plano diretor do AITN, chamado de Masterplan, que concluiu pela necessidade de se ampliar o Aeroporto Internacional. No documento, a projeção é de que o Aeroporto Internacional receberá 10 milhões de passageiros em 2014, o que exigirá a construção de um segundo terminal. “O Masterplan que o Estado entregou à Infraero mostra que nós já devíamos ter começado os estudos para o Terminal 2”, lembrou Athayde. A Infraero, porém, ainda não definiu se irá construir um segundo terminal de passageiros, dobrando a capacidade do AITN, como reivindica o Governo de Minas, ou se partirá para a ampliação da capacidade do Terminal 1, de 5 milhões de passageiros por ano para 7 milhões, como está previsto no planejamento original. Procurada, a Infraero não se pronunciou sobre o assunto nesta terça-feira (16).

No fim de 2009, a Infraero informou que tem investimentos de R$ 403 milhões planejados para Confins até 2014. O risco de colapso não está restrito ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves. Dos 16 aeroportos das 12 cidades-sede do evento, pelo menos seis já operam acima da capacidade, diagnostica o Snea.

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